Zaragoza, capital do Reino de Aragão, ano da graça de Nosso Senhor de 1250, aos auspícios de Sua Alteza Real, Don Jaime I, el Conquistador, por volta de três da tarde.
Ante a visita especial do Grande Inquisidor Tomás de Torquemada, vindo duzentos anos do futuro especialmente para aquela cerimônia, transcorria pelas ruas centrais da cidade o cortejo de um Auto de Fé: à frente iam os penitentes, auto-flagelantes, implorando clemência pelos tenebrosos pecados que lhes disseram que cometeram; logo atrás seguiam os padres e bispos de Zaragoza entoando piedosamente o Kyrie; ao meio estava o Grande Inquisidor, impassível, inescrutável, carregado em sua liteira de brocados e púrpuras de Tiro; e fechando o cortejo estava o prisioneiro, o herege, o sumo-heresiarca, o acusado de lesa-majestade divina.
O cortejo espalhou-se pela praça central da cidade e todos os atores tomaram suas posições. Torquemada, absorto que estava em meio a pensamentos vários sobre sua alcunha de Lenda Negra, só deu-se conta do absoluto silêncio que se instaurara minutos depois.
— Tragam o herege. — Ordenou, impassível.
O herege, um homem de seus sessenta anos, cabelos brancos, barba em “V” também branca, estava vestido de mago.
— Como hai nome? — Perguntou Torquemada ao herege, impenetrável.
— Paulo Coelho.
— Paulo Coelho, és acusado de lesar a majestade divida com teus livros e idéias ridículas e sem o menor fundamento. És acusado de lesar a inteligência de teus leitores com tua auto-ajuda de quinta categoria. És acusado de lesar a gramática da língua portuguesa com teus erros grosseiros e períodos mal e porcamente estruturados. És acusado de falsidade ideológica ao declarardes publicamente ser um mago. Por tudo isso estás condenado a padecer pelo fogo que a tudo purifica, juntamente de teus escritos eivados de enganações e sandices.
Ao final do pronunciamento do Grande Inquisidor, os guardas reais empilharam milhões de livros no centro da praça e, no topo da pilha, colocaram o herege, autor de todos eles, amarrado a uma estaca de madeira.
O povo estava ensandecido, gritando em coro e a plenos pulmões “Falsário! Plagiador! 171! Produto de ghost-writer!”.
Óleo foi espalhado em abundância por toda a pilha e, do alto do palanque onde estava, o próprio Torquemada fez questão de atirar a tocha que acendeu a fogueira.
O fogo espalhou-se por tudo em instantes, como se sedento em tornar cinzas toda aquela escória asquerosa. Ele incinerou autor e obra, livrando a face da Terra daquela chaga execrável.
* * *
Infelizmente, a cena descrita acima é fictícia. A Inquisição Espanhola queimou milhares de pessoas, mas todas as pessoas erradas. Os pouquíssimos que, de fato, mereciam ser queimados — padres, bispos, papas, reis — não o foram e o Tribunal do Santo Ofício virou Congregação para a Doutrina da Fé em 1965, quando Paulo Coelho completou 18 anos e ainda não tinha escrito nenhum de seus rabiscos.
Sim, eu ODEIO Paulo Coelho. Na verdade, eu EXECRO Paulo Coelho e todo aquele desperdício de papel que ele, seus editores e seus leitores insistem em chamar de “obra”. Chamar qualquer livro de Paulo Coelho de “obra” é uma ofensa, uma imprecação lançada contra a Literatura, seja ela erudita ou pop.
Meus amigos, parentes e alunos, desavisados ou simplesmente para me provocar, perguntam o porquê: por que você odeia tanto Paulo Coelho? O que ele fez ou deixou de fazer? Você já leu algum texto dele para dizer o que diz? Será que ele é mesmo tão ruim assim?
Chegou o momento de responder definitivamente a essas perguntas.
Por que você odeia Paulo Coelho?
Uma resposta do tipo “porque sim” seria o suficiente, mas... bem... OK... vamos lá. ODEIO Paulo Coelho porque ele é um falsário e um plagiador que se utiliza da escrita para disseminar enganações. Pior do que isso, os textos que ele “escreve” são construídos a partir de um recorte e colagem de outras obras e autores editados de forma distorcida para que se constituam no que se pode genericamente chamar de “auto-ajuda”, que de fato é auto-ajuda mesmo, mas não para o público e sim para o próprio Paulo Coelho.
Paulo Coelho, portanto, é um “escritor” que age de má-fé com seu público; que se apropria de idéias e palavras alheias e as vende como se fossem suas; que sequer se preocupa com a correção da linguagem dos textos, o mínimo que um escritor sério tem por obrigação fazer; que vende mentiras para um público que, ao que tudo indica, quer deliberadamente comprar essas mentiras e, o que é mais absurdo, nelas acredita.
Sem dúvida isso é um terrível reflexo de que há algo errado com nossa sociedade e com os seres humanos, o que é fato: o sujeito está fragmentado, sua identidade se perdeu em meio a milhares de referências indistintas, sem propósito ou causa, sem começo ou fim; a esperança em qualquer coisa se desintegra a cada dia; nós estamos perdidos em meio ao que nós mesmos criamos; o mundo perdeu seus sentidos, sua estabilidade, suas certezas — certamente porque essas coisas nunca existiram — e nós estamos sem rumo. Por isso, qualquer coisa que ofereça algum tipo de resposta, alguma possibilidade mais clara de caminho a seguir, alguma explicação para esse sentimento de dispersão e de eterna sensação de um presente contínuo de repetições é imediatamente tomada como um guia, como um profeta, um Messias que restabelece nossa unidade perdida e aponta os caminhos que não somos capazes de trilhar por nós mesmos à nossa própria sorte.
Evidente que algo desse tipo está tornando mercadoria a fé alheia simplesmente porque respostas sólidas, caminhos claros e precisos, explicações, guias, profetas, Messias, sentidos (pré)estabelecidos, verdades, esperanças, certezas, tudo o que o ser humano construiu como objetivo, racional e sólido para explicar sua existência e, principalmente, para ser e viver nessa mesma existência não existe mais desde a década de 1950, e foi destruído pelo próprio ser humano que o construiu porque, como reza o 15º Mandamento escrito por São Marx, “Tudo que é sólido desmancha no ar”, e como bem ensina o Oráculo de Matrix, “Tudo que tem um começo, tem um fim”. O fim da humanidade e da sociedade como a conhecemos já se iniciou há sessenta anos e eu diria que falta relativamente pouco para que esse fim se concretize como tal.
Isso é a condição pós-moderna, minha gente. Isso é o que nós fizemos conosco mesmos e com o mundo que nos rodeia. Isso é o nosso legado aos nossos filhos, netos, sobrinhos, alunos.
Sim, parece desesperador. Sim, parece apocalíptico (2012 esta aí! RSRSRS). Mas nós não devemos nos esquecer que o fim é a condição inexorável do começo, e que é preciso que as coisas voltem ao pó para que encontrem um novo início, um novo modo de ser. Há, portanto, sempre algo de positivo no Apocalipse: a renovação. E entre o Apocalipse e o novo começo, o pós-Apocalipse, há um momento indistinto, nebuloso, disforme, em que tudo parece ser nada e nada parecer ser tudo.
É justamente esse momento que estamos vivenciando e Paulo Coelho, ciente disso — lembremos que era ele quem compunha as letras das músicas de Raul Seixas... —, transformou em mercadoria esse momento, em mercadoria que vende e, por isso, dá lucro e enriquece. Mercantilizar é o paradigma da nossa época.
Inteligente ele? Sim, sem dúvida. Burros os seus leitores? Alguns com certeza, mas a maioria é vítima da situação e, como tal, digna muito mais de nossa pena do que de nosso julgamento.
O que Paulo Coelho fez ou deixou de fazer?
Bem... dizem as lendas que ele “escreve”, o que eu não acredito em absoluto, e isso já é suficiente para tirar o sono de qualquer um. A tiragem mínima de um livro de Paulo Coelho publicado no Brasil está em torno de 300 mil exemplares segundo as últimas estatísticas a que tive acesso, algo surreal para um mercado editorial deficitário como o do nosso país. Isso significa que pelo menos 300 mil pessoas vão comprar livros do “mago”, e é irrelevante se essas pessoas vão ou não de fato ler esses livros.
E quanto ao que Paulo Coelho deixou de fazer? É certo que há muito ele deixou de escrever seus próprios livros, tendo possivelmente contratado ghost-writers para fazê-lo sob sua “supervisão” (ou nem isso, visto que Paulo Coelho de fato não sabe escrever e eu não duvidaria que os ghost-writers são os verdadeiros escritores de TODAS as suas “obras”). Afinal, como ele poderia aproveitar toda a riqueza que adquiriu se tivesse que continuar a despender o longo tempo necessário para a escrita de um livro?
Óbvio que isso é teoria da conspiração, neh meu povo?, e, como tal, é evidente que eu não tenho como e nem quero provar nada. Mas, isso talvez seja a única explicação para que alguém, em sã consciência e sendo um pretenso “escritor”, tenha permitido que suas “obras” sejam totalmente repletas de erros grosseiros de linguagem, de recortes e colagens despropositais e de uma espiritualidade de almanaque. Convenhamos: João Bidu é melhor e mais digno do que Paulo Coelho, pois pelo menos ele não tenta ser aquilo que ele não é capaz de ser...
Você já leu algum texto de Paulo Coelho para dizer o que diz?
Normalmente, eu respondo a essa pergunta citando o crítico Davi Arrigucci Júnior em um artigo que ele escreveu para uma edição da Revista Cult dedicada a Paulo Coelho: “não li e não gostei”. É claro que uma resposta dessas tem a intenção de chocar, de provocar o ouvinte/leitor e de expressar algo que de fato eu gostaria de ter feito, ou seja, não ter lido Paulo Coelho e permanecer não gostando dele.
Contudo, isso não é verdadeiro.
Eu, infelizmente, tenho que admitir: sim, eu já li Paulo Coelho.
OOOOOOOOOOOOHHHHHHHHHHHH!!!
[silêncio constrangedor na platéia]
Vanberto: — PUTA QUE PARIU!
Cher: — Eu sabia! Eu tinha certeza!
Vívien: — Ninguém é perfeito... mas também não precisava ser tão imperfeito assim!
Diógenes: [mudo e pálido, A Divina Comédia cai estrondosamente de suas mãos]
Juliana: — Ai... se mata, Cido.
Rejane: — Não vou falar nada.
Rogério: — Prefiro não comentar...
Fernando: — Até você, Cidinho?!
Kenneth: [chora e não quer vir mais no meu colo]
Em eras há muito passadas e esquecidas, anteriores à Pré-História, quando a Internet ainda era uma lenda e tudo que existia das esquisitices de Lady Gaga eram os originais por ela copiados desbragadamente, ou seja, Elton John e Madonna, eu era um estudante cursando o segundo ano do Ensino Médio.
Foi quando eu conheci uma amiga que há muito não vejo. Seu nome é Ana e, na época, ela era uma respeitável senhora já casada, com filhos e com uma vida estruturada.
Nós voltávamos juntos da escola todas as noites e Ana era a penúltima de nós a chegar em casa (eu era o último). Um dia, depois de virmos conversando sobre Paulo Coelho durante todo o caminho, paramos eu e Ana em frente à casa dela e ela, em toda a sua bondade, insistiu que eu levasse para casa uma edição então recém-lançada de “O Alquimista” em quadrinhos.
Ana era uma fã de Paulo Coelho. E sim, até quadrinhos existem da “obra” do “mago”.
Assumo sem a menor vergonha: tudo que eu li de Paulo Coelho, em toda a minha vida, é uma edição em quadrinhos de “O Alquimista”, e eu garanto que foi mais do que o suficiente e que me basta para o resto desta encarnação.
Enfim, eu li o máximo que um leitor amante da boa leitura, amante dos clássicos e dos pós-modernos (eu não gosto dos modernos...), consegue ler de Paulo Coelho, logo eu posso sim dizer o que digo sobre aquilo que ele “escreve” (rsrsrs).
Será que ele é mesmo tão ruim assim?
Não. Paulo Coelho não é ruim. Paulo Coelho é PÉSSIMO! É um LIXO! É uma CATÁSTROFE SEM PRECEDENTES!
E isso encontra bases sólidas entre especialistas diversos.
Em 2007 foi publicado um livro por Eloésio Paulo, doutor em Letras pela UNICAMP e professor da Universidade Federal de Alfenas (MG), intitulado Os 10 Pecados de Paulo Coelho (Vinhedo, SP: Editora Horizonte – http://www.editorahorizonte.com.br/MaisProduto.asp?Produto=115).
Eu fico imaginando o sofrimento do crítico para escrever esse livro... deve ter sido uma tortura sem precedentes... tanto que, quando à época do lançamento, em conversa com Eliane Oliveira, a dona da Horizonte, esta me disse que estava difícil pra ele terminar.
Nada mais compreensível, neh minha gente! Um especialista em Literatura, quando se debruça sobre alguma coisa, precisa ler tudo a respeito. Imaginem, por um breve instante, ter que ler TUDO que Paulo Coelho “escreveu”. Só de pensar me dá calafrios. Eu preferiria a eternidade em Giudecca, no Inferno de Dante, a ter que fazer uma coisa dessas.
Por isso, gostaria de deixar aqui expressos a Eloésio Paulo meus mais sinceros agradecimentos e minha mais profunda admiração pelo seu trabalho heróico. Obrigado, Eloésio, por ter poupado a todos nós de ter que ler Paulo Coelho para saber algo a respeito.
Eis os 10 pecados que o crítico aponta:
1) IGNORÂNCIA
A ignorância é uma afinidade eletiva entre Paulo Coelho e seu típico leitor. A manifestação mais grave desse pecado nem são os erros gramaticais [...]. O mais grave é a ignorância da tradição literária, uma vez que se passou a reivindicar para a obra de P.C. o status de prosa de ficção (PAULO, 2007, p. 40).
2) DESLEIXO
Por desleixo, entenda-se simplesmente isto: o produto é mal acabado. E se aqui não se apontam muitas ocorrências mais que evidenciam esse desleixo é porque ele é transversal aos outros pecados: manifesta-se no descuido com a linguagem, mas também nos tropeços lógicos e nas imperícias narrativas (PAULO, 2007, p. 55).
3) SUPERFICIALIDADE
A profissão de fé de Paulo Coelho na simplicidade pode enganar os pobres de espírito, que não sabem a diferença entre o simples e o simplório. [...]. Se não à primeira vista, a reiteração abusiva das três ou quatro idéias que subjazem a sua religiosidade de almanaque deveria mostrar o quanto elas são gratuitas, superficiais. Tudo começa pela pretensão de generalizar: o mergulho na “alma do mundo” está ao alcance de todos, o caminho da magia é o caminho das “pessoas comuns”. O que mais? “A face do seu anjo está sempre visível quando você vê o mundo com os olhos belos”, e “Qualquer coisa pode levar à sabedoria suprema, desde que feita com amor no coração”. Tudo, todos, sempre; essa generalidade democrática das coisas do espírito é certamente um dos segredos do sucesso do autor. Afinal, em um mundo onde os bens palpáveis são acessíveis à minoria, prometer o Reino dos Céus a granel nunca deixará de ser um bom negócio (PAULO, 2007, p. 61 – 62 – grifo do autor).
4) INCONSISTÊNCIA
A falta de embasamento para o que diz, sobretudo quando consideramos a pretensão sapiencial de seus livros, é uma característica constante dos escritos de P.C. Não se trata, é claro, de negar que o escritor tenha sempre buscado uma síntese do que considera a sabedoria; mas a realidade é que essa busca, quando se materializa em cenas, falas e digressões, resulta muitas vezes num composto meio aleatório de idéias meio aleatórias, sem qualquer compromisso verdadeiro com as fontes — a ponto de carnavalizá-las e malversá-las sem cerimônia — nem o mínimo rigor com o significado do que é dito (PAULO, 2007, p. 74).
5) GRATUIDADE
Assim como não tem compromisso com as fontes em que se baseia ou com o sentido exato do que escreve, Paulo Coelho não costuma pesar a real importância das informações que veicula, das falas de suas personagens e de certos episódios inseridos em seus relatos. Às vezes, parece escrever como se fizesse uso de uma espécie de piloto automático; em outras ocasiões, dá a nítida impressão de estar, como se diz, enchendo lingüiça, tal a desnecessidade de certos elementos na economia do enredo (PAULO, 2007, p. 83).
6) IMPERÍCIA NARRATIVA
As grandes obras de ficção costumam ser amplamente reveladoras de algum aspecto da condição humana ou das condições de vida em um lugar ou uma época. Algumas também conseguiram, principalmente no século XX, inovar a linguagem ou a técnica narrativa. Paulo Coelho, apesar de certa vez ter-se qualificado como "escritor de vanguarda" está longe de preencher qualquer desses requisitos. [...].As tramas do autor, quase sempre contemporâneas ao momento da escrita e sustentadas por estruturas narrativas lineares que ocasionalmente são perturbadas por pequenos saltos ou cortes temporais, nada trazem de novidade. Pelo contrário, mostram um desenvolvimento primário de técnicas consagradas pela ficção romântica. O estilo, preso à função referencial, quando dela procura afastar-se acaba em truísmos pseudopoéticos (PAULO, 2007, p. 90).
7) INCOERÊNCIA
Há uma “falta de compromisso de Paulo Coelho com a lógica. Essa característica, longe de justificar a apologia da ignorância que o escrito costuma fazer em nome dos privilégios espirituais da simplicidade, no entanto a explica. De fato, não se poderia esperar outra atitude de quem passa ao largo de qualquer noção de rigor, seja na linguagem, seja nas idéias, seja na construção da narrativa. Ressalvado mais uma vez que seu estilo às vezes progrediu de livro para livro, não se pode deixar de observar que o patamar atingido, mesmo que seja suficiente para manter seu prestígio mercadológico e até tenha contribuído para que muitos leitores profissionais fechassem os olhos às insuficiências do escritor, é ainda pífio se considerado à luz da tradição ficcional brasileira” (PAULO, 2007, p. 103).
8) REPETIÇÃO
Existem escritores que passam a vida reescrevendo o mesmo livro. Às vezes, conseguem melhorá-lo tanto que acabam produzindo uma obra-prima. Pelas razões mencionadas anteriormente, esse provavelmente não será o caso de Paulo Coelho. Em sua obra, a repetição de temas, situações, idéias e personagens é algo mais que obsessão; é um sinal inequívoco de limitação de repertório. O universo vive conspirando a favor dos sonhadores, os corações vivem conversando com as personagens — parece que a principal referência das variações é O alquimista, e que elas significam principalmente tentativas de reeditar a afortunada recepção desse "conto de fadas para adultos" (PAULO, 2007, p. 109).
9) DISTORÇÃO
A inabilidade para usar as referências dá lugar, em diversas passagens da obra paulocoelhana, à pura e simples malversação das fontes. Aquela emoção expressa pelas lágrimas do narrador ao pôs os pés no caminho de Santiago, penhor aparente da sinceridade do escritor/personagem, vai-se apagando pela banalização dos sentimentos ao longo das narrativas seguintes e, principalmente, pela visível contradição entre a espiritualidade de que parte o projeto de Paulo Coelho e o oportunismo do "aggiornamento" a que é submetida sempre que necessário para atrair o leitor comprometido com o modo de vida do capitalismo tardio, leia-se a imitação, em quase todos os aspectos, do modo de vida americano, em tudo oposto a qualquer transcendência ou sabedoria oculta. É assim que, a meio caminho desse percurso, o leitor atento — especialmente aquele minimamente versado em cultura bíblica — já terá percebido a malversação das revelações místicas feita sistematicamente pelo escritor (PAULO, 2007, p. 121 – 122).
10) AUTO-ELOGIO
Desde o primeiro livro, Paulo Coelho revela um pendor irresistível para a autobiografia. Mesmo que sua narrativa tenha evoluído em direção à pura ficção, fica sempre no meio do caminho. Não, talvez, devido à incapacidade do escritor para inventar — ou reciclar — histórias. Mas, principalmente, por causa de sua necessidade (estamos no campo das mais elementares motivações psicológicas da literatura) de contar e recontar sua vida. Tal necessidade se reflete na constância com que o autor emprega, ao longo de seus escritos, auto-referências que afinal desembocam no puro e simples auto-elogio (PAULO, 2007, p. 132).
Por fim, depois de apresentar os 10 pecados de Paulo Coelho, Eloésio Paulo ainda conclui com aquela que é, na minha modesta opinião, a última palavra, a definição máxima da “obra” paulocoelhana: “Uma das maneiras mais exatas de definir sua obra é justamente: turismo espiritual” (2007, p. 138).
Eu também adoro o último parágrafo do estudo, que diz o seguinte:
Fernando Pessoa foi um dos maiores entendidos em ocultismo na sua época e isso o levou a corresponder-se com Aleister Crowley, o “bruxo” invocado como um dos patronos da aventura espiritual paulocoelhana. Indagada certa vez sobre a seriedade do conhecimento de Crowley, de cujo sumiço encenado numa caverna de Portugal o poeta acabou participando — ao que se sabe, involuntariamente —, Pessoa respondeu que duvidava da possibilidade de alguém dominar os poderes do Mal sem nem mesmo conseguir manejar competentemente a gramática da língua inglesa. O senso comum ensina que a do português é bem mais difícil (PAULO, 2007, p. 143).
Bem... respondidas as perguntas que todos me fazem sobre Paulo Coelho, vamos por um momento pensar que se queira ainda insistir no assunto. Vamos supor que alguém, insatisfeito com minhas respostas e com minha argumentação, queira fazer ainda outras perguntas.
Existe a possibilidade de você mudar sua opinião, Cido?, perguntaria alguém que tenha chegado até aqui e que tenha sentido certa alacridade ou mesmo certo ar de arroubo irrefletido de minha parte, ou mesmo alguém que goste de Paulo Coelho...
A resposta é invariavelmente, inquestionavelmente e imutavelmente NÃO.
Não seria essa sua atitude uma forma de preconceito?, continua a pessoa.
Sem dúvida que sim. Mas toda forma de discurso crítico é, invariavelmente, uma forma de preconceito, ou não seria um discurso crítico.
Eu assumo esse meu “preconceito”, então, e peço perdão àqueles que, de alguma maneira, se sintam vítimas dele.
Esse pedido de perdão NÃO se estende a Paulo Coelho, é claro, a quem eu só teria duas coisas a dizer: seus livros são um lixo e sua “obra” está fadada ao recôncavo mais profundo do Limbo do Esquecimento.
E se — insiste a pessoa — o tempo, o Cânone ou algo desse tipo revelar que Paulo Coelho é um grande escritor, ou mesmo torná-lo um escritor canônico da Literatura Brasileira: seu julgamento enquanto leitor e crítico não deporia, então, contra você?
Bem... o tempo não existe, pois é um desdobramento do espaço. O Cânone é uma convenção sócio-cultural, logo é arbitrário e, por isso, de modo algum confiável. O Cânone e nada são a mesma coisa.
Se Paulo Coelho tornar-se um escritor canônico, por isso respeitável, da Literatura Brasileira — o que é uma possibilidade que eu não descarto em absoluto, visto que ele já faz parte da ignominiosa Academia Brasileira de Letras, que tem em suas fileiras Alfredo Bosi, um dos bastiões da crítica e teoria literárias do país —, então eu só tenho a lamentar pela literatura do meu próprio país e a tomar esse fato como um vaticínio de que eu estava certo em ter escolhido amar e me especializar nas Literaturas de Língua Inglesa.
Se isso um dia acontecer eu renego a Literatura Brasileira de minha vida e minha paixão por Machado de Assis, Guimarães Rosa e Clarice Lispector ficará profundamente abalada a ponto de ser questionada, talvez mesmo — que Homero me livre disso — para sempre comprometida.
nunca li nada desse sujeito, mas nunca conheci uma pessoa inteligente que gostasse dele. Confio nos amigos inteligentes que leram, não gostaram e não recomendam, rs...o tempo é curto e tem tanta coisa que não li que não vou perder tempo com esse aí...abraço!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirFUCK PAULO COELHO! KISS MY ASS YOU STUPID MOTHERFUCKER! SON OF A BITCH!!
ResponderExcluirSabe que quando, há 12 anos, eu descobri que Paulo Coelho compunha com Raul, minha simpatia pelo Maluco Beleza ficou bastante abalada.
E apesar de existir Paulo Coelho, o índice de leitura no Brasil ainda é baixo... o que significa que nem pra manobrar massas ele serve... aliás, para o que ele serve, afinal de contas? Fico pensando o que diria Ozzy se perguntassem a ele se ele já leu Paulo Coelho...
SIMULAÇÃO
REPORTER: So, Ozzy, you read a lot of Paulo Coelho and...
OZZY (com cara de espanto): Who?!
REPORTER: Paulo coelho, you read it?
OZZY (com cara de interrogação): Who the fuck is Paulo Coelho?
Resposta a rochaandre
ResponderExcluirCom certeza!!!
Não perca seu tempo com Paulo Coelho.
Há coisas infinitamentes melhores a se ler.
Abração
Resposta a Vanberto:
ResponderExcluirKKKKKKKKKKKK!!!
ADOREI a simulação da conversa com o Ozzy!!!
E Raul Seixas ninguém merece, neh?! Jesus tem piedade! Tá. Ele foi importante, tem umas musiquinhas legais, mas que ninguém merece, ninguém merece. RSRSRSRS
Pessoas: para quem não conhece a referências que o Vanberto está fazendo, segue o link.
http://perversaodaordem.blogspot.com/2011/01/who-fuck.html
oie.
ResponderExcluirfirst: qd vc atualizar o blog, manda um email?
Então...eu ri, muito. Primeiro comecei destacar uma ou outra frase do texto, achando-as ótimas, mas depois de ler tudo tenho que admitir, o texto todo é uma grande piada.
Sabe o que faz uma piada ser engraçada? Uma personagem caricata. E eis que temos: Paulo Coelho.
Eu também li O Alquimista, muitisssssimos anos atrás, por recomendação de uma velhinha que morava perto de casa. Cheguei a ler o livro todo, mas achei sem proposito. A verdade é que Paulo Coelho tenta escrever ficção com ares de misticismo, e não consegue nem mostrar caracteristicas de ficção, nem de misticismo em suas obras. (até os pedreiros fazem obras, Cido).
Bom, na realidade Paulo Coelho encontrou um bom nicho no mercado editorial, que é o que mais vende no Brasil. A auto ajuda, como já foi discutido no blog dá um alívio imediato ao leitor e Paulo Coelho conseguiu fazer isso maestralmente, pois ele dá ao leitor a sensação de que ele não está recebendo conselhos, mas sim conhecimento. Um leitor de paulo Coelho sente que se elevou espiritualmente, e esse sentimento dura até a ultima página ser lida, e pronto.
Eu percebi uma coisa nele. Li alguns contos do Borges, um amigo meu é super fã, e o PC tenta ser uma cópia do dele. Enquanto Borges escreve contos bem tramados, que te transportam para lugares inexplicáveis, PC consegue ser cru e sem valor.
nem vou entrar muito em detalhes, pela falta de conhecimento em ambos, mas as fontes em que PC foi beber foram tantas, que ele tomou só um gole de cada uma, ou seja, conhecimento insuficiente em vários assuntos complexos...
Enfim, uma das coisas que me faz detestar o PC é o fato de ele ser rico, famoso e posar de fodão. Um cara desses deveria escrever uma coluna para a revista Horóscopo, e só.
Resposta à resposta do Cido...
ResponderExcluirNiguém merece Raul Seixas uma ova! Só não te dou outra pq...
Bem, podemos listar as seguintes categorias de escritores:
1) Samurais
2) Excelentes
3) Bons
4) Razoáveis
5) Regulares
6) Ruins
7) Péssimos
8) Terríveis
9) Abomináveis
10) Excretas
11) A minha cachorra
12) O bichinho de pelúcia da minha esposa
13) O meu joelho
14) A escrita cuneiforme
15) A pintura rupestre
16) Os escritores de novelas da Globo
17) Os escritores de novelas do SBT
18) Os escritores de novelas da RECORD
20) Os escritores de novelas mexicanas
21) Os compositores da Sandy
22) Os compositores de sertanojo/ corno music
23) Os "compositores" de funk
24) Os "compositores" de axé
25) Os "compositores" de pagode
26) Os "compositores" da lady gaga
27) E o Paulo Coelho
Olá Cido tudo bem!? Gostei da brincadeira, mas eu não estou o tempo todo com A Divina Comédia em mãos ...rsrsrsrs..., porém ultimamente não tem um dia que eu não a pegue... Bom, que post esse último em... Bem esclarecedor! Eu nunca li Paulo Coelho e confesso que às vezes ficava até curioso de tanto que se comentava sobre ele. O porquê de ele ser tão ruim assim. Porém, depois que li tudo que você escreveu a respeito dele, e a forma como escreveu principalmente, eu não vou me dar ao trabalho de verificar isso pessoalmente. Isto seria um completo desperdício de tempo e de neurônios. Eu suspeitava que seus livros fossem ruins, mas não esperava que fossem tão ruins assim. O crítico literário Eloésio Paulo, deixou tudo bem claro. Paulo Coelho cometeu mais pecados do que há círculos no Inferno de Dante ...rsrsrsrs... Difícil é entender como alguém como ele tem o status que tem, principalmente fora do Brasil, e ainda se considera um grande escritor atacando os críticos.
ResponderExcluirhttp://www.rollingstone.com.br/edicoes/23/textos/3168/
Como as coisas vão de mal a pior em todos os sentidos, a educação principalmente, pois ninguém mais lê nada e quando o faz, não é nada relevante. O senso crítico é quase zero e simplesmente engolem goela abaixo tudo que lhes é empurrado. Contudo quando se trata de P.C. a má qualidade é gritante. Então aí vai uma pergunta. Porque ele faz tanto sucesso lá fora, principalmente na França que revelou tantos bons escritores?
Abraço! Até mais!
Diógenes, desculpe minha intromissão na sua pergunta... espero que não seja muita audácia da minha parte tentar respondê-la.
ResponderExcluirOs livros dele fazem sucesso porque seguem os moldes dos "best sellers", uma cultura literária que faz parte do holl americano de consumo em massa e que se alastrou pelo mundo como uma doença. Os livros do Coelho são feitos apenas para vender, nada mais além disso.
Vejo que, nesse sentido, não se pode presumir um nível elevado de cultura de uma pessoa apenas por ser francesa, ou inglesa ou sueca. Os gregos foram os grandes fundadores do ocidente em todos os sentidos, o berço cultural especialmente da literatura ocidental... o que é a Grécia hoje? O que quero dizer é que o ser humano é, essencialmente, o mesmo em qualquer parte do mundo. A mesma massa que temos aqui no Brasil, a qual costumo chamar de "massa dos enlatados", existe em outros países, especialmente nos assim chamados "ricos" porque lá é que a mercadoria precisa ser valorizada.
Veja você que, além dos produtos de economia de base como matéria-prima e produtos alimentícios, a única mercadoria que entra nesses países vinda do Brasil são os livros do Coelho. Intrigante, mas é dessa maneira que os livros dele são lidos no exterior ou aqui no Brasil: um produto a ser consumido, uma lata da qual se extrai o conteúdo para depois ser jogada fora e conteúdo se transformar em excremento.
Imagina, não tenho porque pensar isto, afinal este espaço esta destinado a discussões, então, opiniões são válidas. Deixei uma pergunta em aberto, então se alguém tiver uma resposta, uma posição a respeito e quiser expressá-la, eu não vejo problema algum nisso.
ResponderExcluirSobre minha pergunta, eu realmente não tinha olhado por esse lado, mas pelo que pude notar, na verdade não tem muita relevância o local onde se vive e sim a essência da pessoa em si, afinal é ela quem tem a opção de escolha e quem decide por um bom livro ou por um dos produtos mais vendidos do momento. Parafraseando os Titãs; “o melhor livro de todos os tempos da última semana”.
No entanto o que causava minha estranheza é que um público que possivelmente está acostumado a bons autores, no caso dos franceses, que possuem o hábito da leitura (pelo menos até onde eu sei), ceda tão facilmente a produtos de tão baixa qualidade. Porém, como você mesmo mencionou Valberto, se até Grécia que com tudo que contribuiu para o mundo, hoje não representa mais nada, o que dizer da França e dos demais países desenvolvidos. Afinal a economia precisa funcionar...rsrsrsrs...
RESPOSTA AO POST DA CHER:
ResponderExcluirDe fato, Cher, você tem razão quando diz que o leitor de Paulo Coelho “sente que se elevou espiritualmente, e esse sentimento dura até a última página a ser lida, e pronto”. Concordo plenamente com você quanto a isso, e essa é a razão principal pela qual acho Paulo Coelho um falsário manipulador dos sentimentos das pessoas.
Também sou da mesma opinião de que Paulo Coelho tenta ser Borges e, é claro, falha miseravelmente.
Eu não detesto Paulo Coelho por que ele faz pose de “fodão” ou por que ele é rico. Eu detesto Paulo Coelho simplesmente por que ele não escreve bem. Eu acredito que um bom escrito possa ser digno escrevendo auto-ajuda ou qualquer outro gênero popular de literatura. O inconcebível é o escritor escrever mal.
Abraços!
RESPOSTA AO SEGUNDO POST DE VAN:
ResponderExcluirAMEI a listinha dos tipos de escritores!
Mas a escrita cuneiforme não é uma coisa ruim! Ela só é difícil de ler. Livros maravilhosos como o Enuma Elish foram escritos nesse alfabeto. Você foi injusto aqui.
E pintura rupestre também não é algo ruim, mas apenas um tipo primitivo de pintura que já apresenta coisas muito importantes e significativas e chega a ser muito melhor do que muita pintura que se diz “pós-moderna” por aí. Também foi injusto aqui.
Lady Gaga não é ruim, mas sim pós-moderna, e pós-moderna de qualidade. Lembre-se que o próprio Tarantino emprestou sua Pussy Wagon para ela no clipe de “Telephone”.
Entretanto, no geral eu concordo com a sua lista.
Abraços!
RESPOSTA AOS POSTS DO DIÓGENES:
ResponderExcluirRSRSRSRS
A brincadeira com A Divina Comédia foi só isso, uma brincadeira. No entanto, você diz que não anda o tempo todo com a Comédia nas mãos e, em seguida, diz que “ultimamente não tem um dia que eu não a pegue”... auto-contradição aqui, Diógenes meu caro. RSRSRSRSRS
Respondendo à sua pergunta de maneira um pouco diferente da resposta do Van:
O caso de Paulo Coelho e seu sucesso no exterior se deve a um fator bastante inusitado: a tradução. Os tradutores de Paulo Coelho para as outras língua naturalmente corrigem as absurdidades presentes no original, ou então o público simplesmente não iria entender. Isso é praxe na área de Tradução e acontece também em caminho inverso: a tradução de Eça de Queirós para As Minas do Rei Salomão, de Henry Haggard, é infinitamente melhor do que o original em inglês!!!
O resultado a “textualidade” paulocoelhana fica muito melhor em outras línguas do que no original em português, o que acaba atraindo o público.
Junte-se a isso o que Vanberto disse e você tem um panorama bastante completo sobre os motivos do sucesso do “escritor” mundo a fora.
Eu concordo com o Vanberto quando ele diz que “não se pode presumir um nível elevado de cultura de uma pessoa apenas por ser francesa, ou inglesa ou sueca”. De fato, franceses e escandinavos estão entre os povos que mais lêem no mundo, mas isso não quer dizer que eles lêem coisas de qualidade. Para você ter uma idéia, é difícil encontrar entre estudantes de pós-graduação americanos alguém que tenha lido Hawthorne e Whitman, por exemplo, clássicos da Literatura Norte-Americana.
Por isso, o que devemos sempre ter em mente é a qualidade, não a quantidade.
Paulo Coelho é lixo porque não tem qualidade nenhuma, e não por que vende muitos livros. Aliás, eu começo a me convencer de que ele vende muitos livros no Brasil justamente por que lhe falta qualidade em termos literários... e infelizmente podemos dizer o mesmo em relação a outros países onde ele é um grande sucesso...
Abraços!
acho então que voce vai gostar do tumblr q criei hoje http://paunocoelho.tumblr.com/
ResponderExcluir=D
Olá Marina!!!
ResponderExcluirAMEI AMEI e AMEI seu Tumblr!!!
=D
Beijos
Eu sempre detestei o escritor Paulo Coelho, e não, eu graças a Deus não li mais de um livro dele, precisou algumas páginas de O Alquimista para dizer NÃO para este ser.
ResponderExcluirMas neste ano resolvi ler a biografia dele escrita pelo Fernando Morais, e GOD!!! Ele é pior do que eu pensava. Um cagão (desculpem a expressão) da pior espécie. Um sujeito que achava lindo ser drogado, filhinho de papai e ignorante. Porque uma pessoa que tem tudo nas mãos e não consegue ir bem em NADA do que faz... convenhamos.
Se não fosse Raul Seixas, que ele levou para a morta introduzindo-o nas drogas, ele nem ao menos teria aparecido na mídia.
Banana total.
Olá Maria Julia.
ResponderExcluirObrigado pelo seu comentário.
Concordo absolutamente com você.
Abraço!
Eu odeio o Paulo Coelho, por que ele no inicio da sua carreira como escritor,
ResponderExcluirfalava que era um bruxo. Varios livros dele sempre tocava neste assunto.
Hoje em dia ele é um fiel católoco.
As pessoas tem até o direito de mudar de religião, mas o Sr. Paulo Coelho usou uma religião que é a mais antiga de todas, usou ganhou dinheiro e agora cospe no prato que comeu.
http://3fasesdalua.blogspot.com/
Olá 3 Fases da Lua.
ExcluirObrigado pelo seu comentário.
Eu vou ser obrigado a discordar de você na questão da Bruxaria.
Paulo Coelho nunca foi bruxo. Ele inventou para si mesmo esse estereótipo ridículo tentando imitar outro falsário, Aleister Crowley, e colocou um monte de besteiras esdrúxulas sobre Bruxaria em seus textos.
A Bruxaria é, de fato, uma das mais antiga das religiões, mas acho um tanto quanto exagerado dizer que se trata da mais antiga. Ninguém sabe qual é a religião mais antiga do mundo.
Entretanto, é fato que as religiões mais antigas se utilizam do conhecimento mágico, da manipulação da Natureza, em seus rituais e em seus dogmas e cânones, e isso não é uma exclusividade da Bruxaria.
Eu prefiro entender a Bruxaria da seguinte forma: temos, desde tempos imemoriais que remontam aos celtas, a Religião da Deusa, que nunca se auto-denominou Bruxaria. Aliás, nunca se auto-denominou de nada.
A Religião da Deusa foi chamada de Bruxaria pela Igreja Católica e acabou adotando esta denominação para si própria como uma resposta a la "luva de pelica" ao Catolicismo que tentava destruí-la.
Hoje em dia talvez a Religião da Deusa já não exista mais ou se faça manifestar entre grupos muito restritos e fechados, visto que, como o meio-ambiente anda bastante comprometido, está cada vez mais difícil a manipulação das energias e forças com as quais a Religião da Deusa trabalha.
Atualmente, a Religião da Deusa tem sido confundida com uma bobagem ridícula chamada Wicca. A Wicca é uma mera seita que se utiliza de conhecimentos fragmentados e absolutamente mal-compreendidos e mal-interpretados advindos da Religião da Deusa. Eu discordo veementemente de que a Wicca seja uma continuação, vertente ou mesmo uma transformação da Religião da Deusa. Por isso, Wicca não é Bruxaria.
A abordagem da Bruxaria nos escritos de Paulo Coelho provém da leitura wiccana da Religião da Deusa, ou seja, trata-se de uma bobagem sem o menor sentido, totalmente discutível, nada confiável e completamente subvertida de uma das mais antigas religiões do mundo.
A Bruxaria em Paulo Coelho é Bruxaria de almanaque, assim como a leitura wiccana da Bruxaria, o que só vem confirmar ainda mais as coisas que digo no post acima.
Existem coisas que devem ser lidas e julgadas não com a lógica e com o raciocínio, mas sim, com o coração.
ResponderExcluirE não se enganem! Quando digo com o coração, isto vai muito além do conceito de "coração" que usualmente se entende, isto é, este conceito é um lugar comum geralmente imaginado por aqueles que ainda não possuem iniciação nos caminhos do espírito...e este mesmo caminho é individual e não pode ser referenciado por ninguém a não ser você mesmo.
Confesso que já li os livros do Paulo Coelho; na primeira vez, digo que não achei grande coisa, porém após vários anos estudando e vivenciando diversas correntes e obras espiritualistas, esotéricas, etc., resolvi reler os mesmos livros e surpreendi-me encontrando neles interpretações que confirmam o que descobri nestes anos: tudo neste universo nos leva única e exclusivamente a Deus.
Mudamos nosso meios e conceitos, muda-se o mundo.
Por acaso alguém já notou que existem dias em que estamos "apagados", e existem dias em que parece que todos notam nossa presença? Como isso é possível, se continuamos os mesmos?
Não continuamos os mesmos, isto é fruto de naqueles dias estarmos em conexão mais íntima com o Todo, do qual fazemos parte, embora não sejamos o Todo. Isto é um conceito hermético.
Tudo é questão de sintonia. Muitas vezes simplesmente não estamos captando o que o autor quer dizer, que é fruto de suas experiências. Então zombamos daquilo que não entendemos. Melhor seria então sempre deixarmos uma porta aberta para a possibilidade de algum dia virmos a conseguir nos sintonizar com aquilo que o autor quer expressar, que muitas vezes a escrita não é suficiente para descrever. Afinal de contas, até mesmo um sentimento tão comum como a saudade não pode ser descrito cientificamente, mas pode ser sentido, e não há conceitos humanos para definí-lo.
Comecem lendo "O Caibalion"
Gente!!! E esse tópico já antigo continua causando polêmica!!! (A-DO-RO!)
ResponderExcluirÉ o seguinte: hoje, 06/07/2012 às 11h57min, alguém auto-identificado num perfil chamado "ninguem mesmo" (http://www.blogger.com/profile/09911994834647946601) postou aqui, como resposta ao comentário do rochaandre de 28/02/2011, o texto abaixo. Depois, é claro, a pessoa apagou o comentário.
Mas, como o blog é meu e minha proposta é dar voz a todo tipo de opinião, eu vou postar aqui o que "ninguem mesmo" escreveu como um exemplo do que acontece com a mente e com o espírito de alguém que lê Paulo Coelho.
Notem que leitores de Paulo Coelho não têm coragem de assumir o que escrevem e apagam seus comentários. Claro que isso não é uma regra, mas é um sintoma muito interessante que em boa parte confirma o que escrevi neste post.
Tendo isso em mente, convido a todos a lerem e comentarem o que "ninguem mesmo" escreveu:
"Não conheço e não gosto - clap, clap, clap - Parabéns, ignorante. Você se vale apenas dos supostos 'inteligentes' que não gostam de alguma coisa para então tirar suas conclusões
Agora pense...
Pensou?
Você é um ignorante
Você não gosta de algo que não conhece e ainda tem a estupidez de falar isso em um lugar que, digamos, teria o intuito de prezar o conhecimento antes de qualquer coisa, principalmente antes de falar alguma coisa.
Se bem que esse lugarzinho de merda não merece lá nenhum comentário mais sábio já que é apenas mais um poço de merda onde mais um dos bilhões de pseudo-intelectuais patéticos e medíocres chegam e pensam que estão fazendo história cagando palavras.
Voltando a você.
Abra a mente, imbecil e procure entender antes por que as coisas tocam milhares ou milhões antes de ficar falando merda sem saber porque.
vou dar uma liçãozinha de graça agora, procure aprender antes de sair esbravejando razões.
vamos lá.
Qualquer crítica a uma manifestação artistica - seja escrita ou audio-visual, enquanto no presente, é medíocre, não há como não ser.
Por que no presente a visão é rasa, é pobre, é quase cega.
No futuro, a visão da arte acaba ficando mais clara, porque não se enxerga mais só a arte, mas todo um contexto social ao qual ela fez parte, principalmente se esta arte tocou um número considerável de pessoas.
Paulo coelho ainda é presente, portanto, as críticas a ele devem ser caltelosas e não inflamadas como alguém que o viu nascer, seja ele ou seja lá quem for.
E claro, jamais também não ler um livro e dizer que não gosta.
entendeu?
Imbecil
Leia Paulo coelho"
Fala sério. Dizer que é necessário ler para dizer que é ruim é como ter de tomar um veneno para realmente poder dizer que ele mata.
ResponderExcluirValdir
Concorco totalmente, Valdir1
ExcluirTentei te deixar um mensagem no face mas não tem espaço...mensagem rs.
ResponderExcluirBom saber que comungamos da mesma opinião em relação a esse senhor que não ouso chamar de escritor.
Cheguei no seu blog depois de ler : http://entretenimento.uol.com.br/noticias/redacao/2012/09/13/sou-o-intelectual-mais-importante-do-brasil-diz-paulo-coelho.htm ...e ver comentários de pessoas que também não apreciam o trabalho "dele".
Mais um devaneio do "mago" ....
Bj e excelente domingo !
UraniaBathista
Olá UraniaBathista!
ExcluirTudo bem?
Obrigado por ter deixado seu post por aqui e por ter chegado aqui.
Comungamos sim da mesma opinião.
Esse link que você mencionou é o último devaneio do "mago". Eu ri horrores.
Cada vez mais sinto que Paulo Coelho vive numa bolha de ar, como Michael Jackson fez na década de 1990... Espero, sinceramente, que um dia essa bolha exploda e leve o "mago" de volta pro Além.
Grande abraço!
Cido Rossi
O cara crítica "Ulysses" de James Joyce, um classico de literatura universal, lido por bilhoes de pessoas no mundo todo, e la vem o bosta de Coelho criticar um classico!..Paulo Coelho vc e escremento puro.
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