Ultimamente, só tenho falado de Literatura e de mim mesmo neste espaço (ainda que falar de Literatura seja falar de mim mesmo e vice-versa).
Então, está na hora de agitar as coisas com um pouquinho de cinema, crítica e polêmica! rsrsrsrs
Bora chutar o balde com os 11 filmes que vocês têm que assistir antes de morrer, minha gente!
Primeiro uma explicação: por que 11 e não 10?
Porque existe um site maravilhoso e que eu recomendo a todos vocês chamado That Guy with the Glasses (http://thatguywiththeglasses.com/). Nesse site existe o Nostalgia Critic (http://thatguywiththeglasses.com/videolinks/thatguywiththeglasses/nostalgia-critic), que VOCÊS TÊM QUE VER! Doug Walker, o Nostalgia Critic, faz crítica de cinema de filmes antigos e normalmente considerados ruins ou de "B" pra baixo. Os filmes podem ser ruins, mas as críticas são FAN-TÁS-TI-CAS e hilárias!
Em dados momentos Doug faz uma set list contendo 11 coisas, motivos etc. sobre os filmes que critica (uma set list muito boa é a Top 11 Nostalgia Critics I Will Never Do), e ele diz que faz 11 porque ele quer dar um passo além em relação a uma simples lista de 10 títulos.
É isso que vou fazer aqui nessa minha modesta lista dos 11 filmes que vocês têm que assistir antes de morrer: vou listar 10 e dar um passo além com um décimo-primeiro. Além disso, também vou listar 11 pra não ficar tão igual à fabulosa lista d'Os 10 livros que você tem que ler antes de morrer, o meu post mais visitado até o momento segundo as estatísticas do Blogger! Aliás, obrigado a todo os visitantes e continuem visitando, comentando etc.
Ah1! Vou listar do décimo-primeiro ao primeiro, sendo que o primeiro é o filme supremo, o mais mega-master-blaster, o oitavo dan, aquele que se você não assistiu ainda é porque sua vida ainda não começou. Trata-se de um filme que não pode ser comparado aos demais.
Ah2! Não se esqueçam que tanto os filmes listados quanto os comentários são minhas singelas opiniões e, como tal, são plenamente discutíveis e criticáveis. Então, não se façam de rogados se quiserem propor outras listas, me questionarem, elogiarem e/ou meterem o pau.
Ah3! Todos os títulos dos filmes abaixo são links diretos para suas informações no IMDb e todos eles podem ser encontrados em boas locadoras ou baixados pela internet.
Vamos à lista!
11º
[Pink Flamingos, 1972], de John Waters
Pink Flamingos é considerado a obra-prima do trash, um filme que poucos conseguem assistir até o final sem pelo menos uma ânsia de vômito. Sim, ele chega a ser mais nojento que o Saló (1975) de Pasolini.
O filme é tão ruim, mas tão ruim que ele se torna hilário, brilhante e maravilhoso por ser o cúmulo do péssimo em todos os sentidos. É um filme para se divertir com as suas barbaridades indescritíveis e absolutamente cômicas: o roteiro é ridículo, as atuações são precárias, a filmagem é tosca, as cenas são sem noção e o filme e seu diretor sabem disso, deixam isso claro para quem assiste e se divertem horrores.
Neste filme está uma das minhas personagens favoritas no cinema: Babs Johnson, interpretada por Divine, a drag queen que era musa do diretor John Waters. Aliás, John Waters dirigiu também o primeiro Hairspray (1988), infinitamente melhor que o segundo, e Divine interpretava o papel de Edna Turnblat (que no segundo foi interpretado por John Travolta numa atuação bastante discutível).
A vibe de Pink Flamingos é o nonsense: para vocês terem uma ideia, o filme tem esse título simplesmente porque há dois flamingos de plástico que enfeitam o jardim do trailer onde Babs mora com sua mãe, uma viciada em ovos (sim, é isso mesmo que você leu: ela é uma viciada em ovos), e seu filho, um maluco viciado em drogas; e a grande questão do filme (RSRSRSRSRS) gira em torno de um casal que ousa desafiar Babs para lhe roubar o título de Pior Pessoa Viva (kkkkk!). A cena de Divine vestida com um collan vermelho e apontando uma arma é antológica e provavelmente uma das mais conhecidas do cinema. Imaginem para quem ela está apontando essa arma... Ah! Esta é Também minha cena preferida neste filme.
10º
[Life of Brian, 1979], de Terry Jones
O supremo A Vida de Brian é o terceiro longa da Monty Python, a incrível e genial trupe de comediantes ingleses composta por Graham Chapman, Eric Idle, Terry Gilliam, Terry Jones, John Cleese e Michael Palin. Trata-se da mais brilhante comédia já feita no cinema, e desculpe mas você vai achar um lixo todas as comédias que assistiu depois de ver A Vida de Brian. Ah! Não recomendo assistir este filme no Natal, pois você pode se sentir ofendido(a)... rsrsrs
Os pontos altos do filme, que são também minhas cenas preferidas, são a cena da "aula de latim", Michael Palin interpretando Pôncio Pilatos e todo o processo de crucificação.
Não, não vou falar mais nada sobre esse filme... acho que já disse o suficiente para vocês perceberem qual é a vibe, neh? Então vai chorar de rir, minha gente!
9º
[The Rocky Horror Picture Show, 1975], de Jim Sharman
Assim como Star Wars, Matrix, O Senhor dos Anéis e Harry Potter, The Rocky Horror Picture Show é um objeto de culto. Aliás, é um dos filmes mais cultuados da história do cinema, senão o mais cultuado (desculpas aos fãs de Star Wars chocados com a informação). Estatísticas dizem que este é o único filme que está em cartaz desde o dia em que foi lançado, e isso é uma informação que não deve ser colocada em dúvida: há um cinema na Alemanha que projeta Rocky Horror toda semana e em New York e Los Angeles há sessões especiais (sing along) mensais desse filme em que os fãs vão fantasiados como suas personagens preferidas e se apresentam durante as cenas, e isso ocorre desde 1975.
Trata-se de um musical que parodia os filmes baseados no Frankenstein, a obra-prima da ficção científica escrita por Mary Shelley, ou seja, é uma paródia da paródia simplesmente brilhante. Susan Sarandon interpreta seu primeiro papel no cinema neste filme e Tim Curry (As Panteras, Caçada ao Outubro Vermelho) faz aqui o papel que o consagrou para sempre e de longe o melhor papel de toda a sua extensa carreira.
Minha cena preferida é, evidentemente, a Time Warp... rsrsrs. Meu sonho era ser um dos transilvanianos que cantam e dançam aqui.
cena da Time Warp
8º
[Wall-E, 2008], de Andrew Stanton
Toda lista de "Os filmes que você tem que..." que se preze precisa ter pelo menos uma animação. Esta aqui é, na minha opinião, a arqui-animação até o momento. Sim, eu sei que vocês vão dizer que eu poderia ter listado Toy Story 3 (quem não chorou quando assistiu?), Shrek, A Viagem de Chihiro, Persépolis etc. Perdoem-me, mas Wall-E é mais genial do que todos estes e do que todas as animações já feitas até o momento, inclusive Animatrix (vislumbro alguns de vocês já pegando as pedras... rsrsrs).
Por que esta animação da Pixar é mais genial do que a fabulosa Animatrix? Por um motivo muito simples: Wall-E prende o expectador completamente por 98 minutos, consegue passar uma carga imensa de emoção e é de uma delicadeza tocante com uma quantidade ínfima de diálogos e textos. Todos os efeitos emocionais e imagéticos causados pelo filme no expectador, que não são poucos, são quase totalmente conseguidos pelos usos do som e da expressão das personagens, ou seja, da imagem. Até então, e até onde eu me lembro, somente George Lucas conseguiu algo próximo disso no inesquecível R2D2 de Star Wars.
A personagem principal de Wall-E é um robô, minha gente! E não um robô humanóide como em Eu, Robô ou um robô mega-inteligente e louco como em 2001, mas um simples robozinho mecânico coletador de lixo!
Choro toda vez que assisto esse filme e tenho um Wall-E de pelúcia em cima da minha cama.
7º
[Star Wars - Episode V: The Empire Strikes Back, 1980], de Irvin Kershner
E por falar em Star Wars, é claro que esse filme não podia faltar em minha lista. A franquia Star Wars como um todo é a arqui-ficção científica. Nenhum sci-fi pode ser comparado a este, que eu considero a evolução máxima do gênero durante o século XX (falaremos da Mãe/Pai da ficção científica mais adiante, no terceiro filme da minha lista). E das seis sequências existentes até o momento (George Lucas tinha prometido mais três, como todos nós sabemos, mas eu duvido que ele venha a realizar/produzir esses filmes) O Império Contra-Ataca é, na minha modesta opinião, a melhor.
Como Star Wars narra a saga do herói, é em O Império Contra-Ataca que temos o herói (Luke Skywalker) se estabelecendo como herói, se tornando verdadeiramente herói. A cena antológica da luta de Luke com Darth Vader ainda dá uma excelente aula de Psicanálise freudiana e as falas de Mestre Yoda são verdadeiros conselhos para a Vida.
Aliás, minha cena preferida neste filme é justamente aquela em que Luke, já na casa de Yoda e durante a conversa deste com o espírito de Obi-Wan para aceitar ou não o jovem Skywalker como padawan, diz ao grande mestre Jedi que se considera pronto para iniciar os treinamentos e que não tem medo de nada, ao que Yoda responde "Mas você terá... você terá". Me arrepia toda vez que revejo essa cena.
6º
[Matrix Reloaded, 2003], de Andy e Lana/Larry Wachowsky
Sim, eu sei: somente o primeiro Matrix deveria estar nesta lista. No entanto, eu gosto dos três, e mais especialmente do segundo, Matrix Reloaded. O primeiro Matrix é antológico, revolucionário, filosófico etc. Mas o segundo mistura tudo isso num filme de ação magistral, instigante e de tirar o fôlego. Sim, admito: meu gênero preferido de cinema é a ação. Eu ADORO um filme arraza-quarteirão de Michael Bay ou algo como todos os Missão Impossível. Lara Croft é TU-DO e O Procurado é simplesmente DE-MAIS!
Então, sorry, mas o segundo Matrix é o meu preferido. As falas do Oráculo e do Arquiteto são incríveis e explicam muito sobre os principais mistérios do universo que é a Matrix, o Merovíngio é uma personagem inesquecível e Neo está na plenitude de seus poderes como o Escolhido. Enfim, nem tão profundo quanto o primeiro Matrix (que uso para dar aula de Teoria Literária e, reconheço e concordo, é um filme brilhante...) e nem tão superficial quanto o terceiro Matrix (razoável, para dizer muito).
Todas as cenas deste filme são minhas preferidas.
Este é um daqueles filmes indescritíveis, que só podem ser compreendidos e/ou sentidos quando assistidos. O título em português, como vocês podem notar, é ridículo, mas creio que foi necessário para que o filme não fosse confundido com A Queda (tradução literal do título em inglês), um daqueles cansativos e desagradáveis filmes sobre o Holocausto.
Dublê de Anjo é uma homenagem lírica às artes da narrativa e da imagem: um dublê de filmes que se feriu e está internado em um hospital conta histórias para uma menina que está também hospitalizada. Ao serem contadas, as histórias ganham vida na mente da menina e na tela à nossa frente com imagens, cores e texturas grandiosas, únicas, incríveis, maravilhosas e, é claro, começam a influenciar a realidade da protagonista e, por consequência, a nossa. Na verdade, assistir Dublê de Anjo é uma experiência inigualável de sensações, uma espécie de Máscara da Ilusão (2005) e de O Labirinto do Fauno (2006) infinitamente melhorados.
De todos os filmes que assisti nos quais a imagem é a chave (O Clã das Adagas Voadoras, Avatar etc.), este me parece ser o mais belo, o mais tocante, o mais emocionante. Todas as cenas deste filme, sem exceção, são as minhas preferidas.
Bem... este é um filme para mentes, corações e espíritos fortes, pois trata-se de uma história extremamente violenta, mas violenta mesmo: algo como Holocausto Canibal (1980) e Ichi: o Assassino (2001), filmes que tornam o tão comentado O Albergue (2005) uma história da carochinha. Lembro-me de tê-lo assistido junto com alguns amigos estrangeiros quando morei na Califórnia, e todos ficaram horrorizados. No entanto, eu ri muito durante o filme todo e vou contar a vocês por que.
Eu sou professor e Battle Royale faz uma espécie de justiça aos professores. Não se trata de algo idiota como Ao Mestre, com Carinho (1967) ou pretencioso como Entre os Muros da Escola (2008). Trata-se da realização na ficção do sonho de todo professor: matar aqueles alunos imbecis que atrapalham a aula (sim, podem me chamar de psicopata... rsrsrsrs).
Japão num futuro próximo. O sistema de educação faliu e os alunos dominam a escola, violentam os professores e a desordem predomina (notem que se trata de um contexto muito semelhante ao da escola pública brasileira, algo que no Japão é sinômino de filme de terror dado o valor cultural da educação naquele país). O governo decide baixar um decreto, o Decreto da Batalha Real: uma sala de alunos de colegial é dopada, levada para uma ilha deserta e obrigada a caçar e matar uns aos outros até que reste apenas um sobrevivente, e tudo isso supervisionado por um dos professores que foi violentado por esses alunos, interpretado por ninguém menos que o grande Takeshi Kitano (Zatoichi, Sonatine). Juro para vocês que as mortes são insanas, e por isso mesmo hilárias.
Mas há um outro motivo para este filme estar aqui nesta lista, um motivo bem mais elevado. Battle Royale é o filme preferido de Mestre Quentin Tarantino, o Cineasta de Deus e o diretor que mais gosto. Mais do que isso, como ele mesmo diz na fala abaixo, este é o filme que, caso ele pudesse escolher, seria o que ele gostaria de ter dirigido.
Com certeza vocês já assistiram Blade Runner, o Caçador de Andróides (1982), Matrix (1999, 2003), Minority Report: a Nova Lei (2002), Eu, Robô (2004) e tantos outros filmes de ficção científica nesta e em outras linhas do gênero. Pois é... nenhum deles existiria sem Metrópolis. Aliás, não existiria ficção científica, não existiria cinema sem Metrópolis, o filme que é a Mãe e o Pai do gênero ficção científica no século XX.
Eu costumo chamar Metrópolis de o arqui-filme, pois todos os filmes hollywoodianos foram, são e sempre serão influenciados por ele.
Trata-se de um filme em preto e branco e mudo. Só recentemente conseguiu-se reunir todas as partes conhecidas e existentes do filme, visto que o rolo original completo se perdeu. Acredita-se que os 153 minutos conhecidos hoje sejam o filme completo, mas ninguém tem certeza.
Contudo, e independente de qualquer coisa, Metrópolis é uma experiências única, uma visão de um futuro distante em que linhas de metrô cruzam a cidade, aviões cruzam os céus a todo instante e robôs são produzidos para substituir seres humanos inconvenientes. Detalhe: esses robôs são a réplica exata do ser humano por eles substituídos. Não se enganem, meus caros, e nem julguem de imediato: num primeiro momento Metrópolis pode parecer risível para os expectadores de hoje, mas a força da história que este filme conta e a mensagem que ele passa continuam sendo visões de um futuro distante para nós mesmos, seres do século XXI.
Minha cena preferida é, sem dúvida, a da criação de Maria.
Teoricamente, numa lista de 10 títulos este aqui seria o primeiro. Nada mais justo: trata-se da obra-prima de Mestre Ingmar Bergman e da atuação inigualável do grande Max von Sydow.
O Sétimo Selo é, na minha modesta opinião, o filme perfeito em absolutamente tudo, tanto técnica quanto esteticamente. Nele não há falhas de nenhuma espécie: até mesmo os erros de continuidade, praticamente imperceptíveis, são magistrais.
A história é gótica: gira em torno de um cavaleiro cruzado que voltou à sua terra depois das guerras e agora se depara com a destruição de tudo pela Peste. Entretanto, ele deveria ter morrido nas lutas e agora a Morte o persegue. A personificação da Morte neste filme detém a genialidade por trás da simplicidade: Bengt Ekerot vestindo um traje negro e com uma expressão ao mesmo tempo irônica e paralisada no rosto. É o suficiente para a atuação da Grande Ceifeira no filme e estabelece, então, a imagem da Morte no ideário ocidental.
Filosófico, profundo, crítico, reflexivo, uma aula de existência e de vida são algumas das qualidades deste filme que o tornam magistrais. Todavia, para mim a sua magistralidade reside na singeleza do enredo, na absoluta tranquilidade da direção de Bergman, uma tranquilidade que é transmitida ao expectador de uma maneira mágica e inexplicável, e da atuação do elenco.
Minhas cenas preferidas são, evidentemente, as antológicas cenas em que a personagem de Max von Sydow joga xadrez com a Morte.
Óbvio que todos vão discordar de mim aqui: o grande filme de Tarantino é Pulp Fiction (1994), e não Kill Bill. Concordo. Pulp Fiction é uma aula de cinema. Mas... e sempre há um maldito "mas"... Kill Bill é o meu filme preferido de Tarantino, o melhor de todos os filmes de todos os tempos e o primeiro filme que vocês têm que assistir antes de morrer! RSRSRSRS!
Não dá para falar ou escrever sobre Kill Bill. É preciso assistir Kill Bill para verificar e sentir in loco toda a força desse filme. Trata-se de um épico, a história de uma vingança justa e bem-sucedida: Beatrix Kiddo mata Bill... mas vocês só vão entender como se assistirem as duas partes do filme, e é o COMO que interessa aqui.
O que mais me encanta em Kill Bill é o jogo de referências. O filme é inteiramente construído a partir de referências a outros filmes. Não se trata de cópia ou de plágio, como seres não-evoluídos costumam me dizer, mas de saber citar, de saber fazer a referência certa na hora certa de modo a construir algo completamente novo. Nesse ponto, Tarantino é o que poderíamos chamar de pós-moderno: como não há mais originalidade, ele inventa o original a partir de uma miríade de referências.
Em Kill Bill Tarantino faz isso em uma estrutura de romance: cada parte do filme é numerada e intitulada, como se estivéssemos diante de um livro. Além disso, o diretor utiliza o flashback e o flash-forward à maneira dos ficcionistas da palavra, e não à maneira dos cineastas e dos padrões do cinema. Como se não bastasse tanta genialidade, Mestre Tarantino ainda cria uma história fundamentada em mitos: o mito do herói justiceiro e o mito do guerreiro samurai. Se Mestre Akira Kurosawa estivesse vivo e pudesse ter assistido esse filme, ele certamente deixaria a sala de cinema em lágrimas de emoção, pois veria ali o próximo passo transfigurador ao seu divino Os Sete Samurais (1954).
Apesar de todas as listas que existem na internet contendo os filmes referenciados por Tarantino no enredo e na estrutura de Kill Bill, e apesar da minha lista particular dos filmes referenciados (resultante de várias pesquisas e que divulgarei em um post específico sobre este filme), a verdade é que nunca chegaremos a uma lista final, nunca chegaremos à lista que contém todas as referências, visto que talvez nem mesmo o próprio Tarantino seja capaz de enumerar todos os filmes por ele citados nesta que é, na minha humilde opinião, a sua obra-prima até o momento e a obra-prima do cinema ocidental.
Todas as cenas deste filme são minhas preferidas.
5º
[The Fall, 2006], de Tarsem Singh
Este é um daqueles filmes indescritíveis, que só podem ser compreendidos e/ou sentidos quando assistidos. O título em português, como vocês podem notar, é ridículo, mas creio que foi necessário para que o filme não fosse confundido com A Queda (tradução literal do título em inglês), um daqueles cansativos e desagradáveis filmes sobre o Holocausto.
Dublê de Anjo é uma homenagem lírica às artes da narrativa e da imagem: um dublê de filmes que se feriu e está internado em um hospital conta histórias para uma menina que está também hospitalizada. Ao serem contadas, as histórias ganham vida na mente da menina e na tela à nossa frente com imagens, cores e texturas grandiosas, únicas, incríveis, maravilhosas e, é claro, começam a influenciar a realidade da protagonista e, por consequência, a nossa. Na verdade, assistir Dublê de Anjo é uma experiência inigualável de sensações, uma espécie de Máscara da Ilusão (2005) e de O Labirinto do Fauno (2006) infinitamente melhorados.
De todos os filmes que assisti nos quais a imagem é a chave (O Clã das Adagas Voadoras, Avatar etc.), este me parece ser o mais belo, o mais tocante, o mais emocionante. Todas as cenas deste filme, sem exceção, são as minhas preferidas.
4º
[Battle Royale / バトル・ロワイアル, 2000], de Kenji Fukasaku
Bem... este é um filme para mentes, corações e espíritos fortes, pois trata-se de uma história extremamente violenta, mas violenta mesmo: algo como Holocausto Canibal (1980) e Ichi: o Assassino (2001), filmes que tornam o tão comentado O Albergue (2005) uma história da carochinha. Lembro-me de tê-lo assistido junto com alguns amigos estrangeiros quando morei na Califórnia, e todos ficaram horrorizados. No entanto, eu ri muito durante o filme todo e vou contar a vocês por que.
Eu sou professor e Battle Royale faz uma espécie de justiça aos professores. Não se trata de algo idiota como Ao Mestre, com Carinho (1967) ou pretencioso como Entre os Muros da Escola (2008). Trata-se da realização na ficção do sonho de todo professor: matar aqueles alunos imbecis que atrapalham a aula (sim, podem me chamar de psicopata... rsrsrsrs).
Japão num futuro próximo. O sistema de educação faliu e os alunos dominam a escola, violentam os professores e a desordem predomina (notem que se trata de um contexto muito semelhante ao da escola pública brasileira, algo que no Japão é sinômino de filme de terror dado o valor cultural da educação naquele país). O governo decide baixar um decreto, o Decreto da Batalha Real: uma sala de alunos de colegial é dopada, levada para uma ilha deserta e obrigada a caçar e matar uns aos outros até que reste apenas um sobrevivente, e tudo isso supervisionado por um dos professores que foi violentado por esses alunos, interpretado por ninguém menos que o grande Takeshi Kitano (Zatoichi, Sonatine). Juro para vocês que as mortes são insanas, e por isso mesmo hilárias.
Mas há um outro motivo para este filme estar aqui nesta lista, um motivo bem mais elevado. Battle Royale é o filme preferido de Mestre Quentin Tarantino, o Cineasta de Deus e o diretor que mais gosto. Mais do que isso, como ele mesmo diz na fala abaixo, este é o filme que, caso ele pudesse escolher, seria o que ele gostaria de ter dirigido.
3º
[Metropolis, 1927], de Fritz Lang
Com certeza vocês já assistiram Blade Runner, o Caçador de Andróides (1982), Matrix (1999, 2003), Minority Report: a Nova Lei (2002), Eu, Robô (2004) e tantos outros filmes de ficção científica nesta e em outras linhas do gênero. Pois é... nenhum deles existiria sem Metrópolis. Aliás, não existiria ficção científica, não existiria cinema sem Metrópolis, o filme que é a Mãe e o Pai do gênero ficção científica no século XX.
Eu costumo chamar Metrópolis de o arqui-filme, pois todos os filmes hollywoodianos foram, são e sempre serão influenciados por ele.
Trata-se de um filme em preto e branco e mudo. Só recentemente conseguiu-se reunir todas as partes conhecidas e existentes do filme, visto que o rolo original completo se perdeu. Acredita-se que os 153 minutos conhecidos hoje sejam o filme completo, mas ninguém tem certeza.
Contudo, e independente de qualquer coisa, Metrópolis é uma experiências única, uma visão de um futuro distante em que linhas de metrô cruzam a cidade, aviões cruzam os céus a todo instante e robôs são produzidos para substituir seres humanos inconvenientes. Detalhe: esses robôs são a réplica exata do ser humano por eles substituídos. Não se enganem, meus caros, e nem julguem de imediato: num primeiro momento Metrópolis pode parecer risível para os expectadores de hoje, mas a força da história que este filme conta e a mensagem que ele passa continuam sendo visões de um futuro distante para nós mesmos, seres do século XXI.
Minha cena preferida é, sem dúvida, a da criação de Maria.
A cena da criação de Maria
2º
[Det Sjunde Inseglet, 1957], de Ingmar Bergman
Teoricamente, numa lista de 10 títulos este aqui seria o primeiro. Nada mais justo: trata-se da obra-prima de Mestre Ingmar Bergman e da atuação inigualável do grande Max von Sydow.
O Sétimo Selo é, na minha modesta opinião, o filme perfeito em absolutamente tudo, tanto técnica quanto esteticamente. Nele não há falhas de nenhuma espécie: até mesmo os erros de continuidade, praticamente imperceptíveis, são magistrais.
A história é gótica: gira em torno de um cavaleiro cruzado que voltou à sua terra depois das guerras e agora se depara com a destruição de tudo pela Peste. Entretanto, ele deveria ter morrido nas lutas e agora a Morte o persegue. A personificação da Morte neste filme detém a genialidade por trás da simplicidade: Bengt Ekerot vestindo um traje negro e com uma expressão ao mesmo tempo irônica e paralisada no rosto. É o suficiente para a atuação da Grande Ceifeira no filme e estabelece, então, a imagem da Morte no ideário ocidental.
Filosófico, profundo, crítico, reflexivo, uma aula de existência e de vida são algumas das qualidades deste filme que o tornam magistrais. Todavia, para mim a sua magistralidade reside na singeleza do enredo, na absoluta tranquilidade da direção de Bergman, uma tranquilidade que é transmitida ao expectador de uma maneira mágica e inexplicável, e da atuação do elenco.
Minhas cenas preferidas são, evidentemente, as antológicas cenas em que a personagem de Max von Sydow joga xadrez com a Morte.
As cenas iniciais de O Sétimo Selo, que contém uma das cenas de jogo de xadrez com a morte
Finalmente, o passo além, o arqui-filme, o filme supremo, o filme dos
filmes, o filme que se vocês não assistiram ainda suas vidas não têm
sentido! rsrs
1º
[Kill Bill vol. 1 e vol. 2, 2003 - 2004], de Quentin Tarantino
Óbvio que todos vão discordar de mim aqui: o grande filme de Tarantino é Pulp Fiction (1994), e não Kill Bill. Concordo. Pulp Fiction é uma aula de cinema. Mas... e sempre há um maldito "mas"... Kill Bill é o meu filme preferido de Tarantino, o melhor de todos os filmes de todos os tempos e o primeiro filme que vocês têm que assistir antes de morrer! RSRSRSRS!
Não dá para falar ou escrever sobre Kill Bill. É preciso assistir Kill Bill para verificar e sentir in loco toda a força desse filme. Trata-se de um épico, a história de uma vingança justa e bem-sucedida: Beatrix Kiddo mata Bill... mas vocês só vão entender como se assistirem as duas partes do filme, e é o COMO que interessa aqui.
O que mais me encanta em Kill Bill é o jogo de referências. O filme é inteiramente construído a partir de referências a outros filmes. Não se trata de cópia ou de plágio, como seres não-evoluídos costumam me dizer, mas de saber citar, de saber fazer a referência certa na hora certa de modo a construir algo completamente novo. Nesse ponto, Tarantino é o que poderíamos chamar de pós-moderno: como não há mais originalidade, ele inventa o original a partir de uma miríade de referências.
Em Kill Bill Tarantino faz isso em uma estrutura de romance: cada parte do filme é numerada e intitulada, como se estivéssemos diante de um livro. Além disso, o diretor utiliza o flashback e o flash-forward à maneira dos ficcionistas da palavra, e não à maneira dos cineastas e dos padrões do cinema. Como se não bastasse tanta genialidade, Mestre Tarantino ainda cria uma história fundamentada em mitos: o mito do herói justiceiro e o mito do guerreiro samurai. Se Mestre Akira Kurosawa estivesse vivo e pudesse ter assistido esse filme, ele certamente deixaria a sala de cinema em lágrimas de emoção, pois veria ali o próximo passo transfigurador ao seu divino Os Sete Samurais (1954).
Apesar de todas as listas que existem na internet contendo os filmes referenciados por Tarantino no enredo e na estrutura de Kill Bill, e apesar da minha lista particular dos filmes referenciados (resultante de várias pesquisas e que divulgarei em um post específico sobre este filme), a verdade é que nunca chegaremos a uma lista final, nunca chegaremos à lista que contém todas as referências, visto que talvez nem mesmo o próprio Tarantino seja capaz de enumerar todos os filmes por ele citados nesta que é, na minha humilde opinião, a sua obra-prima até o momento e a obra-prima do cinema ocidental.
Grande Cido!
ResponderExcluirBom, o que falar de sua lista? Gostei da maioria, com exceção do primeiro lugar. Seja como for, uma lista de 11 ainda é (bem) pequena. De bate e pronto, não sei como seria uma lista minha, nem mesmo a ordem, mas certamente três filmes não faltariam:
2001 Uma Odisséia no Espaço
O Poderoso Chefão I
O Poderoso Chefão II
Bom, é isso!
Abraços!
já disse e volto a repetir: eu adoooro o seu blog! *-*
ResponderExcluirOlá Nelson, meu caro!
ResponderExcluirObrigado pelo seu comentário!
Sim, de fato uma lista de 11 filmes é ínfima diante da quantidade de filmes incríveis que merecem ser assistidos, mas outras listas virão com o tempo para fazerem justiça à maioria desses bons filmes.
Sem dúvida 2001 e as duas primeiras sequências de O Poderoso Chefão são filmes obrigatórios e absolutamente brilhantes.
2001 é um filme que não dá para ser listado: ele está acima de qualquer lista e de qualquer comparação. Ele mereceria um post só para ele.
Dos três O Poderoso Chefão, ainda que eu não goste da direção de Francis Ford Copolla, o meu preferido é o primeiro, que é realmente muito bom.
Obrigado pela sua contribuição, Nelson!
Abração!
Obrigado Indyara!
ResponderExcluir*___*
Abração!
Cidocas, já tô encontrando os filmes que ainda não vi pra ver. Tô curioso com o Pink Flamingos... mais porco e nojento que Saló??? Esse eu quero ver rsrsrs
ResponderExcluirBom final de ano pra vc e um 2012 de muuuuita saúde e muito sucesso!
Nossa, eu adorei a lista e vou querer todos emprestados! huahauhahah
ResponderExcluirPrecisamos ver o The Rocky Horror Picture Show.. já vi Wall-E, um tapa na cara de muita gente que merece e que vai merecer um dia, Kill Bill que também achei fantástico, mas não sei se digno do primeiro lugar, acho que os filmes de Almodovar mereciam um lugar na lista, em especial: Tudo sobre minha mãe (Todo sobre mi madre, 2005).
Abraços
Marcos, seu lindo! Você vai ter um treco com Pink Flamingos! Prepare-se.
ResponderExcluirA sugestão é não comer ou estar comendo nada durante o filme, principalmente nas cenas finais!
Depois não diga que eu não avisei.
E um ótimo 2012 pra você também, repleto de luz e paz!
Rogers!!!
ResponderExcluirVamos marcar pra assistir Rocky Horror sim! Você vai amar!
Depois você me conta por que Wall-E é um tapa na cara de muita gente... rsrsrs
Eu já estava esperando as rajadas de metralhadora pelo fato de Kill Bill ser o primeiro da lista. Veja que o Nelson Magrini também concorda com você neste ponto e é bem provável que várias outras pessoas vão pensar o mesmo. Mas... enfim... Tarantino é minha loucura.
Quanto a Almodóvar: todos os filmes dele são brilhantes, excelentes etc. Inclusive, A Pele que Habito é divino. No entanto, além de eu não gostar do estilo dele dirigir, fico com a impressão de que sempre falta algo nos filmes dele, e esse algo não é exatamente do filme, mas na maneira como eu sinto o filme... entende?
É por isso que ele não consta nesta lista. Contudo, se eu fosse colocar um filme dele seria Áta-me, e não Tudo sobre minha mãe.
Abração!
A vida de brian eu troco facil por em busca do calice sagrado! Mas e sou fútil! Hehrhrhr
ResponderExcluirBom já estou baixando alguns que vc sugeriu e baixando ata-me também que ainda não assisti ainda! rsrs
ResponderExcluirOlá Cido Tudo bem!?
ResponderExcluirQue lista em, muitos titulos desconhidos para minha pessoa eu assisti apenas quatro rsrsrs. Não entendo muito do assunto, mas eu vou comentar alguns pontos. É interessante como um filme tão ruim, como você mesmo fala, tenha merecido um lugar na lista dos melhores, o "pior" em sua lista chama muito a atenção. Battle Royale deve ser quando você se realiza como professor rsrsrs. Bom gostei muito do Wall-E, as trilogia Matrix e Star wars são muito boas. Fiquei curioso em relação aos demais filmes que eu não vi ainda, principalmente, O sétimo selo. Já vi o número um, mas não sei se este filme estaria em minha lista, não que ele não seja genial mas acho que é questão de gosto mesmo. Como o Nelson Magrine, senti falta do Poderoso Chefão. Poderia citar também filmes como Brave Heart ou outro muito diferente, Batman The Dark knight, Heath Ledger como coringa arrasou, entre outros. Enfim é só a minha opinião de um leigo no assunto. Abraço.
Eh!
ResponderExcluirJá vi um vídeo do Nostalgia Critics, com meu fofo amigo Wagner...
Resolvi fazer diferente dessa vez, e vou lendo o post e comentando enquanto leio, para não perder minhas tiradas espirituosas.
Primeiramente, que bom que não tenho amigos pretensiosos ao ponto de escrever uma lista sobre TANTAS COISAS ANTES DE MORRER...hehe (te amo).
Acho que não vou assistir todos esses filmes antes de morrer, mas como pretendo morrer bem velhinha, talvez em um dia de desespero total eu assista Pink Flamingos...mas eu não gosto de ver filmes que me dêem ânsia de vômito...Oo..weird.
A Vida de Brian eu já vi, claro, e hoje acho que vi na época em que eu queria ser pseudo- intelectual. Tai um filme que quero ver outra vez agora que quero ser pseudo nerd e ver o que eu acho dele sobre esse novo ponto de vista. Prefiro “Em busca do cálice sagrado”.
The Rocky Horror Picture Show está na minha lista, mas eu realmente não lembro quem me indicou esse filme...quero ver com o Wagner! Vai ser muito mais divertido se alguém soprar as referências no meu lindo ouvidinho. Tai um tipo de filme que eu gosto e me divirto...
Wall-E...ai ai...bom, eu vejo desenhos com o cérebro totalmente em off. Eu chorei nesse, mas chorei com o Rei Leão também, e acho que prefiro ele...mas é um desenho digno.
Star Wars é meu calcanhar de Aquiles. Conheço a historia, vi alguns pedações de alguns filmes, mas só assisti o Episódio Um. Acho a historia do filme genial, sei que é um Cult, mas tenho uma preguiça do cacete de assistir. Fico imaginando se a casa do Yoda é pequenininha e ffinha igual a ele...vou ter que ver o filme mesmo...tsc
Vamos falar de Matrix ou dos outros filmes que você citou no post? Eu vi os três Matrix em seqüencio o ano passado...em um dia. E gostaria de dizer que adoraria sua pilulazinha para poder voltar a dormi, mas agora que sei o segredo da vida, fico procurando por dados que o comprovem...A ideia de Matrix é genial, não nego, e gosto bastante do desenvolvimento da história. Fico puta quando leio por ai a análise sobre a representação de liberdade e o mundo tirânico contemporâneo em que vivemos. Que se foda Cuba...fomos criados para alimentar uma máquina que nos alimenta!!!!! Cool, cool. Quanto ao restou, Lara Croft é demais, os peitos da Jolie estão geniais nesse filme, mas procurado...it sucks...
Você despertou meu interesse com Duble de Anjos...sounds sad, but... estava falando com a Cintia ontem, sobre filmes tristes...não gosto muito de sentir tristeza no meu maravilhoso mundo ficcional...ler, ver filmes, seriados, sonhar, são meu esconderijo para as coisas ruins da vida. Mas vez por outra é bom sentir a fragilidade que a ficção pode proporcionar. Em tempo, adotei Labirinto do Fauno com filme mágico da minha vida, junto com A história sem Fim, que deveria estar nesta lista.
ResponderExcluir“Trata-se da realização na ficção do sonho de todo professor: matar aqueles alunos imbecis que atrapalham a aula” HAUHUAHUAHUHAHAHHUAHUAHAHUHAHHAHHUAHUA. Bom, já me disseram para ver esse filme, e eu sempre digo NÃO. Não quero ver um filme de mortes violentas, mas já que você gosta te recomendo um Frances. O nome dele em português é Mártires, e esse sim, fez uma amiga minha vomitar. Eu, realmente, fechei os olhos durante o tempo todo, mas o negocio é tão foda, que sonho com ele até hoje, dois anos depois de assistir.
Pelo jeito, não posso morrer tão cedo. Não vi Metrópoles e nem o Sétimo Selo...verei, com certeza. São filmes que e interessam. Gostei do roteiro do Sétimo Selo...minha cara, e já tinha lido sobre isso um bom tempo atrás, mas não corri atrás e esqueci. Agora, um parênteses...Blade Runner é a coisa mais genialmente genial que já vi em matéria de robôs. Adoro esse filme! Eu, Robô é um lixo...
E Kill Bill...bom...eu assisti por recomendação sua, gostei bastante. Aliás, eu gostei de tudo que vi do Tarantino...a visão que ele tem sobre a vida é muito parecida com a minha, ou seja, pegue uma espada and kill the bitches...
Entendi que sua lista chuta os clássicos na cara, mas também entendi que o senhor Cido tem que ser diferente de todas as outras pessoas que eu conheço. Mas tenho que dizer que gostei da excentricidade da coisa...mas alguns filmes não podem deixar de serem citados, como A História sem Fim, que coloquei lá em cima, Curtindo a Vida Adoidado (http://pop-literando.blogspot.com/2011/11/save-ferris-bueller.html), que todo mundo que tem nossa idade tem que usar como referência, e Os Caça Fantasma... hehe
Respondendo ao HBci e ao segundo post de Rogério.
ResponderExcluirHugo meu caro!
Parece que todos concordam com você na questão do "Em busca do cálice sagrado" (vide o post da Cher). Eu não sou muito fã desse filme não. É incrível, fantástico e tudo mais, como tudo da Monty Python, mas não me agrada, por isso não está na lista.
Rogers: assiste "Áta-me" e depois me conte!
Resposta ao post do Diógenes:
ResponderExcluirOlá Diógenes!
Obrigado por deixar sua opinião!
Meu querido Diógenes... eu A-DO-RO quando você fica encucado com algumas das minhas opiniões. Como o pior pode ser um dos melhores?, questiona você sobre Pink Flamingos... pois é! Pode, Diógenes, pode. É como Romeu e Julieta, de Shakespeare: é péssimo, mas é bom justamente por causa disso. rsrs
Battle Royale é, de fato, quando meu lado sádico se realiza como professor! kkkkkkkkkkkkkkk!
Assista a O sétimo selo, Diógenes. Tenho certeza que você vai se surpreender.
Eu ODEIO DE MORTE Brave Heart! Ele jamais estaria numa das minhas listas de filmes, a não ser a dos piores do multiverso! Aliás, como qualquer filme com ou de Mel Gibson. Sorry.
Quanto a Batman, o Cavaleiro das Trevas, de fato é um filme brilhante em tudo. Talvez o melhor dos filmes do Batman até o momento. Mas não conquistou meu coração. Talvez porque a própria figura de Batman não seja um ser com quem me identifico...
Sem chance de O Poderoso Chefão estar nas minhas listas, Diógenes. É brilhante e tudo mais, especialmente o primeiro, mas deixa algo a desejar na direção do Coppola. A direção de um filme é tão importante para mim quanto a história e as atuações.
Meu caro, seja sempre bem vindo por aqui e, por favor, continue deixando seus comentários sempre pertinentes e que incitam discussão, o que é o mais importante.
Abração!
Cher!!!
ResponderExcluirA-DO-RO seus comentários sempre espirituosos.
Aliás, eu estava mesmo aguardando ansiosamente seu comentário a esse meu post.
Que bom mesmo que você não tem amigos pretensiosos que escrevem listas sobre coisas antes de morrer! KKKKKKKKKKKKKKKK! Isso demonstra o quanto você tem bons amigos!
Vou comentar apenas os seus comentários que eu achei legais, OK?!
Todo mundo prefere "O cálice sagrado"... mas eu não. "O cálice sagrado" é muito óbvio e fácio de entender. "A vida de Brian" tem muitas camadas de significado que "O cálice sagrado" não tem e eu prefiro filmes assim.
É preciso ser um Oitavo Dan dos Nerds pra saber identificar as referências em "Rocky Horror" e, mesmo assim, elas são tão obscuras e herméticas que você já tem que ser um nerd de pelo menos Terceiro Dan para entendê-las (você já assistiu "Kiss me Quick", suponho?...). Certamente o Wagner se enquadra no nerd de Oitavo Dan, imagino... No entanto, Cher, "Rocky Horror" é simplesmente pra se divertir. Diferente de Tarantino, não é necessário nenhum nerdismo para assistí-lo.
Todo mundo prefere "Rei Leão" quando a questão é animação, Cher. Mas, como você já percebeu há muito tempo, eu não sou todo mundo... rsrsrs
Não ter assistido os 6 "Star Wars" é IMPERDOÁVEL, Cher!!! Não dá para falar com alguém que não tenha assistido esses filmes! KKKKKKKKKKKKKKKKK!
Pare de preguiça e vá assistir todos!
Concordo totalmente com sua fala sobre "Matrix".
"O procurado" é pra assistir no cinema. Se você não assistiu ele na telona, é melhor não assistir.
Você precisa assistir "Máscara da Ilusão". Foi escrito por Neil Gaiman. Talvez sua opinião mude sobre "O labirinto do fauno" e "História sem fim"... Sem chance de "História sem fim" estar em quaisquer das minhas listas depois de "Duna", "A lenda" e "Willow na Terra da Magia".
Já estou em busca da sua sugestão, o "Mártires". Gostei da ideia... entretanto, depois que vi o trailer me pareceu na mesma linha de "Seven Days" e "Código de conduta", ou seja, mais um desses filmes de vingança que pipocaram no cinema europeu no final da última década e resvalaram nos EUA com o decepcionante "Código de conduta".
Vou assistir, ainda que para filmes violentos eu prefira os asiáticos, especialmente japoneses e coreanos, aos franceses.
Quanto a "Blade Runner", você precisa ler o conto do Philip K. Dick que deu origem ao filme... é genial mesmo!
ResponderExcluirSua visão sobre os filmes de Tarantino não está lá muito correta... rsrsrs. Não se trata de "pegue uma espada e kill the bitches", mas sim de questões de honra. A coisa é bem mais profunda, Cher, mas todo mundo acha que Tarantino é simples filminho de ação, como todo mundo achava que Kurosawa era só filminho de ação... não é, minha cara, não é. Assista todos os Tarantinos e você vai descobrir que o buraco é beeemmmm mais embaixo.
O Cido não chuta os clássicos na cara. Cido AMA os clássicos. Sempre amou. Quando me propus a listas apenas 11 filmes eu sabia que estaria deixando de fora obras que não poderiam estar fora: "O exorcista", "Psicose", "2001", "A rainha Margot", "Platoon", "Apocalipse Now", "Quem tem medo de Virginia Woolf?", "Um bonde chamado Desejo", "Super-Xuxa contra o Baixo-Astral" etc., etc., etc.
Tive que fazer escolhas, mas outros posts virão para fazer justiça aos excluídos.
A questão das escolhas é o que me leva ao seu outro comentário, o de que Cido tem que ser diferente de todas as outras pessoas que você conhece. Minha intensão não foi ser diferente de ninguém. Minha intensão foi simplesmente listar alguns dos filmes que gosto sob o título provocativo de "Coisas que você tem que ver antes de morrer" e esperar para ver a reação das pessoas, que é o mais interessante.
O que ocorre é que nesta lista eu simplesmente fugi do senso comum, que eu realmente não gosto.
É muito fácil, Cher, listar "2001: Uma odisséia no espaço" numa lista como a minha. Dificilmente eu iria encontrar alguém que discordasse que se trata de um filme que todos têm que ver antes de morrer. No entanto, a maioria das pessoas que dizem o dizem sobre esse filme certamente não o assistiram e simplesmente reproduzem o que outros disseram ou escreveram. Todos se esquecem que se trata de um filme filosófico de difícil digestão, que são raras as pessoas que conseguem entender o seu final e que todo mundo acha que se trata apenas do mais importante sci-fi movie do século XX.
Ninguém iria se pronunciar, Cher, se eu listasse somente os clássicos. Ninguém ia se manifestar. Ninguém ia se incomodar. Seria mais uma lista no meio de tantas outras listas.
Listei então filmes que realmente precisam ser assistidos e que são muito bons, mesmo indispensáveis (como "Metropolis" e "O sétimo selo", por exemplo), mas que dificilmente figuram em lista de "Os melhores", "Os que você tem que assistir" etc.
Pelo visto, diante do seu comentário, eu atingi meu objetivo! KKKKKKKKKKKKKK!
Minha fala sobre "História sem fim", "Curtindo a vida adoidado" e "Os caça-fantasmas" é: não. kkkkkkkkkkkkkkkk!
Cido, sobre o Brave Heart, eu assisti este filme na minha adolescência e eu achei muito interessante a história que é baseada em fatos reais na vida de Willian Walace que liderou seus compatriotas na resistência à dominação inglesa e mesmo depois de morto serviu como inspiração para estabelecer a independência da Escócia. Acho que acabou marcando um pouco o personagem de Mel Gibson. Não sou fã dele nem nada, mas entrei no espírito, no clima quando estava assistindo este filme.
ResponderExcluir"And dying in your beds, many years from now, would you be willin' to trade ALL the days, from this day to that, for one chance, just one chance, to come back here and tell our enemies that they may take our lives, but they'll never take... OUR FREEDOM!"
Sei que temos muitas outras figuras importantes que se não fizeram o mesmo também ficaram marcadas na história, porém foi este o filme que assisti e que de certa forma me fez pensar em quantas pessoas já morreram para que nós conseguissemos a "liberdade" que temos. Enfim, essa não é a questão, o que eu quero dizer é que eu simplesmente assisti ao filme e o considero mais pela história do que pelos quesitos técnicos e tudo mais, mesmo porque não conheço muito para fazer este tipo de avaliação.
Em relação ao Poderoso Chefão, apesar dos problemas de direção que você comenta, eu não abriria mão deste filme em minha lista rsrsrsrs
Resposta ao segundo post do Diógenes:
ResponderExcluirEu acho belíssimo, Diógenes, quando um filme toca alguém como você descreveu que Brave Heart te tocou. Isso é a essência da arte, qualquer tipo de arte.
Ainda que esse filme não tenha causado esse efeito em mim, ele não deixa de ser importante por que foi capaz de tocar você.
Não gosto de Brave Heart não apenas por causa de Gibson, mas pela história em si mesma. Contudo, respeito o filme justamente por que ele é capaz de gerar sentimentos como o que você descreveu.
Minha questão com O Poderoso Chefão é pessoal, Diógenes. Não deve ser levada muito a sério não.
Eu não gosto de Coppola dirigindo esse filme, mas gosto dele dirigindo Drácula de Bram Stoker.
Na verdade verdadeira, O Poderoso Chefão não tocou meu coração.
Oi. Entendo o porque da sua lista ser essa Cido....perfeitamente. Também não tenho o mesmo gosto para filmes que as outras pessoas, justamente por que odeio filmes pretenciosos que não chegam ao auge, como deveriam. quando assisto a um filme que poderia ter sido muito mais do que foi, fico puta. Mas também não sou cinéfila, e se algumas coisas explodem, e o mocinho que não sabia atirar acaba acertando na cabeça do bandido na última cena, eu já aprovo. Adoro clichês. Um bom filmes tem que ser totalemente surpreendente, ou tem que amarrar muito bem os clichês. Uma coisa que observo na sua lista é que a maioria dos filmes é obscuro. É uma delícia indicar filmes para os amigos e se sentir mainstream...hehe..
ResponderExcluirQuanto ao Tarantino, nunca imaginei que seus filmes fossem simplesmente filmes de ação. O que eu gosto no Tarantino é que ele mostra a vida de uma forma muito cru, em alguns aspectos. Geralmente seus personagens são o auge da violencia, mas eles tem seus motivos para isso. Não sou uma grande entendedora, mas adoro o que vi, embora ache Pulp Fiction melhor. Agora, uma coisa de que sou fã é da nostalgia que sinto ao assistir filmes da minnha infância. Não é pelos filmes, é pela sensação de ser irresponsável e despreocupada que vem com o filme. Quanto à História sem Fim...não é possivel tirar a sensação de magia que um adulto recebeu quando era criança!
Xuxa Contra o Baixo Astral (**), filminho LSD...adoro
Seguindo algo que falei antes que tem a ver com o que a Cher e você mesmo comenta acima, o efeito que alguns filmes despretenciosos causam na gente em alguma fase de nossa vida as vezes marca muito mais do que uma obra prima da qual a gente não consegue se identificar em momento algum. Daí vem as muitas opiniões divergentes, pois se deixarmos o lado técnico a parte é tudo muito subjetivo. Isso torna as coisas muito mais interessantes.
ResponderExcluirObs: "Xuxa Contra o Baixo Astral" É sério?
Concordo, Diógenes querido.
ExcluirMas (sempre o maldito "mas"!... rsrsrs)... como é que se deixa o lado técnico a parte? Você consegue fazer isso?
O motivo pelo filme despretencioso causar algum efeito importante em algum momento de nossas vidas está intimamente ligado ao quanto temos consciência do lado técnico e ao quanto é trabalhado esse lado na própria feitura do filme.
O subjetivo é uma forma de técnica, Diógenes... e você sabe disso. Quantas vezes você já me ouviu falar sobre a relação forma e conteúdo?
Não podemos esquecer que, em se tratando de qualquer forma de arte, o acaso e a inspiração são coisas que não existem...
Quanto a "Super-Xuxa contra o Baixo Astral": sim, é sério [Diógenes fica chocado]... RSRSRSRSRSRS
Sempre gostei desse filme. Sim, é tosco, eu sei. Mas há um "que" de especial nele e não é por que o assisti na infância. Guilherme Karan interpretando o Baixo Astral é simplesmente brilhante!
Sim, Diógenes, pode me zoar ou meter o pau mesmo.
Eu não vou discutir suas opções porque quando falamos de gosto, especialmente gosto por filmes, é preciso ter em mente que trata-se de algo muito particular e peculiar de cada um e minha opinião quanto a isso é uma só: cada um desses filmes tem significado especial para você. Me parece que as pessoas que comentaram o seu post não levaram isso em consideração, lastimavelmente. A única coisa que eu poderia dizer sobre sua lista é que falta uma pitada de queijo e, talvez, algumas gotas de leite condensado.
ResponderExcluirAo invés de opinar sobre sua lista, eu vou fazer uma pergunta: porque uma lista com 11 filmes? Já existe um livro com 80 zilhões de filmes que precisamos assistir antes de morrer... no entanto, a sua lista tem 11. Não 10, nem 12, mas extamente 11. Por que a escolha desse número?
Finalmente meu querido irmão vem em meu socorro!
ExcluirÉ isso. Você disse tudo: cada um desses filmes tem um significado especial para mim.
Na verdade, Van, não é que as pessoas que comentaram não levaram isso em consideração. É que todas elas caíram na armadilha das listas, e isso foi proposital.
Outro dia, conversando com Sir John, eis que ele me diz que visitou o blog aqui e deu uma olhada em outro post badalado, o dos 10 livros que você tem que ler antes de morrer. Sir John ficou espantado sobre o quanto as pessoas não resistem a comentar uma lista, a quanto algo desse tipo ainda gera polêmica e quanto as pessoas não conseguem deixar de participar da polêmica.
Foi pensando nessa conversa com Sir John que eu resolvi, então, fazer um teste de polêmica: ao invés de 10, postei 11 filmes que você tem que assistir antes de morrer.
O 11, é claro, além da referência ao Nostalgia Critic que menciono no início do post, é uma brincadeira, uma pegadinha na verdade, para ver até onde vai a necessidade de listas das pessoas.
Tudo indica que Sir John estava certo e que minha desconfiança também: não importa quanto você liste (10, 11, 1000, 80 zilhões), sempre haverá a sangrenta necessidade de polêmica.
E para ser franco: quem não gosta de uma polêmica, não é Senhor Polêmica?! rsrsrsrs
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirResposta ao último comentário da Cher.
ResponderExcluirPerdoe-me, Cher, mas ao ler o primeiro parágrafo desse seu último comentário eu fiquei com a sensação de que filme pretencioso é o mesmo que filme clichê, ao que eu tenho que discordar... rsrsrs.
"Tropa de Elite" = exemplo de filme pretencioso (quero ser filme americano de ação, mas só sei fazer as personagens falarem palavrão). Não consigo verificar muitos clichês nesse filme, ainda que, atualmente, seja praticamente impossível evitar o clichê.
Exemplo de clichê: qualquer filme de terror que utilize o clichê da possessão demoníaca depois de "O Exorcista". Ninguém, nem os mais idiotas dos produtores e diretores de cinema de qualquer parte do mundo, foi suficientemente burro para pretender ser "O Exorcista"...
Quanto à minha lista ser obscura: você acha "Wall-E", "Star Wars" e "Matrix" obscuros?! "A vida de Brian" e "O sétimo selo" são obscuros?!
Desculpe, Cher, mas eu não sei o que você entende por filmes conhecidos. Mais da metade da minha lista é composta por blockbusters de várias épocas!!!
Entendo que há alguns filmes pouco conhecidos fora de determinados círculos e circuitos na lista, como "Rocky Horror" e "Metrópolis", mas não há ali nenhum filme completamente obscuro! Eu não coloquei "Berlin Alexanderplatz" nem "Limite" e nem "O Mahabharata", filmes REALMENTE obscuros, até inacessíveis (como "Limite"), mesmo para cinéfilos.
Eu acho que você foi um pouco injusta comigo neste ponto.
Quanto ao Tarantino: que bom que você gosta dele. Ele é, na minha humilde e discutível opinião, o melhor cineasta do século XX. E você está coberta de razão quanto a "Pulp Fiction", ainda que para mim não exista um filme melhor de Tarantino. TODOS os filmes de Tarantino são divinos, e mesmo um pequeno deslize como "Jackie Brown", é ainda excelente. Coloquei na lista "Kill Bill" por pura questão de gosto pessoal.
Quanto à nostalgia de filmes da infância: tive uma experiência não muito agradável há algum tempo atrás. Resolvi assistir "Os Goonies" novamente e... que decepção terrível!!! "Os Goonies" era um dos meus filmes preferidos de criança e, talvez pelo senso crítico, acabei desgostando desta vez que re-assisti.
Coração endurecido pela crítica? Perda de ilusões? Não conseguir se desligar para assistir um filme? Não sei... não sei...
"Super-Xuxa contra o Baixo Astral" rocks!!!
Havia me esquecido destes "pequenos" detalhes, subjetivo como uma forma de técnica, forma e conteúdo e sei que a inspiração é o que menos conta em um processo criativo. Talvez mesmo que inconcientemente a gente considera estes aspectos. Sobre os comentários feitos neste post, eu não acredito que eles sejam faltam de respeito a sua opinião e sim uma forma de cada um expressar o que pensa concordando ou não com você. Significa que o que você escreveu atingiu as pessoas. O porque do post se ninguém pudesse comentar. Acho legal ver as opiniões divergentes. Se fosse pelos comentários eu jamais descobriria que você curte "Super-Xuxa contra o Baixo Astral" rsrsrsrs Inacreditável.
ResponderExcluirDiógenes... não leia o post do meu irmão e a minha resposta a ele como se eu estivesse reclamando de algo ou como se ele estivesse criticando qualquer aspecto dos comentários deixados pelas pessoas.
ExcluirVanberto é, naturalmente, uma pessoa que fala o que pensa e que tem um pendor muito particular para criar polêmicas, especialmente quando em um espaço totalmente livre como aqui e como o blog dele.
Meu irmão tem um prazer quase sádico em discordar de tudo e de todos pelo simples gosto de discordar. No entanto, às vezes ele tem razão e às vezes ele parece que está criticando quando de fato não está.
Ninguém, em nenhum momento, nem neste e nem em nenhum outro dos meus posts, me desrespeitou de nenhuma forma. Discordar de mim não é me desrespeitar, mesmo que a pessoa seja irônica, sarcástica, agressiva etc. Eu não leio as coisas no meu blog desta forma.
Eu gosto das discussões, dos comentários, das discordâncias, das ironias etc. Significa exatamente o que você diz: que atingi as pessoas de alguma forma e, principalmente, que elas estão expressando suas opiniões. Isso é FUNDAMENTAL.
Mas, também não posso ser hipócrita e dizer que não me utilizo do meu blog para fazer certas pesquisas particulares, como a questão da necessidade das listas que menciono em minha resposta ao post do Van. Não é por causa disso que vou deixar de fazer listas... pelo contrário... outras listas ainda mais polêmicas virão, você tenha certeza disso.
Da mesma forma que você, acho super-legal ver opiniões divergentes, pois de uma forma ou de outra, eu sempre acabo aprendendo algo com elas.
Quanto à sua descoberta em relação a "Super-Xuxa": outras descobertas inacreditáveis poderão surgir a qualquer momento. Tipo: eu ADORO Ivete Sangalo. Ela é TUDO!!! [Diógenes infarta...]. rsrsrsrsrs
Mas é sério. Super-gosto de Ivete e, caso eu estivesse nos EUA à época, eu teria ido assistir ao show dela no Madison Square Garden.
O meu maior medo é sempre assistir um filme que eu gostava muito e deixar de gostar...
ResponderExcluirNão sei se você consegue pensar como eu, mas sua parte "obscura" da lista chama mais atenção do que os conhecidos. Eu, por exemplo, não consigo dar importancia para Wall-E, embora eu entenda que ele deve ser um prato cheio para um estudo antroposociológico.
Tenho um amigo que diz que tudo que tinha que ser inventado, já foi. É uma coisa triste de se dizer e pensar, mas acho que em matéria de arte, as coisas estão assim mesmo. Ai, quando aparece um diretor cm ideias geniais e revolucionárias, os narizes se torcem, afinal, estamos tudos nos condicionando a receber as coisas meio mastigadas. Não vou negar, não assisto filmes para pensar, prefiro desligar um pouco o cérebro com eles. Minha pretensão em matéria de filmes é simplesmente não dormir no meio da sessão (o que está se tornando impossivel, espero que por falha da industria e não minha).
Enfim, eu, como grande consumidora de arte popular, estou tão decepcionada com os clichês que nem me preocupo mais em ver os filmes. Por exemplo, filmes de super herói...Oh, it sucks. Batman, Superman, Lanterna Verde...tudo chato...mas adorei Kick Ass (com todos os clichês) ninguém tinha pensado em colocar uma menininha boca suja e sexualizada como protagonista de um blockbuster...enfim, eu cheia de reticencias para dizer que da mesma maneira como algumas pessoas não se importam com futebol (EU), os filmes não me interessam muito, a não ser que eles sejam um complemento a alguma coisa que eu já procurava. Os filmes não mexem comigo do jeito que mexem com vocês, meninos.
O meu maior medo é o mesmo que o seu, Cher, e talvez ele vá um pouco além. Dificilmente eu leio o mesmo livro mais de uma vez, e uma das razões para isso é o medo de deixar de gostar de algo que eu gostava ou gostei muito.
ExcluirQuanto à fala do seu amigo: não creio que já foi inventado tudo que era para ser inventado pelo fato de que, na minha opinião, não existem invenções. Todas as coisas já existem e estão dadas. Resta a nós, seres humanos, simplesmente descobrir como enxergar essas coisas e aprender a usá-las. Por isso eu sempre achei muita pretenção de qualquer um dizer que inventou algo. Não se inventa nada, mas sim se descobre como usar. Como você pode notar, sou um devoto incorrigível da máxima de Lavoisier: "Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma".
Eu não creio que você deva se entristecer pelo estado das artes atualmente. Estamos passando por um momento de transição em tudo, Cher, inclusive nas artes, e não sabemos onde isso tudo vai levar, mas que vai levar a algum lugar, isso vai. E pode ser que não seja exatamente o lugar que esperávamos.
Você menciona o clichê dos superheróis, ao qual eu acrescento as continuações holliwoodianas das coisas. Faz 30 anos que o cinema blockbuster, a base do cinema de massa, ou seja, um dos bastiões da cultura popular, está vivendo de continuações. Olha quantos "Batmans" foram feitos. Olha quantos "Shreks" foram feitos. Olha quantos "Toy Stories" foram feitos. Olha quantos "Sexta-feira 13" foram feitos (nove, meu Deus! Fiquei bege quando vi isso na locadora...).
Na literatura, a mesma coisa: até hoje ainda temos romances claramente influenciados pelo "Código Da Vinci" que têm o único objetivo de pegar o resquício da rabeira desse livro pra ganhar dinheiro. E isso sem falar nos incontáveis "quero ser O Senhor dos Anéis" e "quero ser Harry Potter" da vida.
De certa forma, Cher, mesmo no nosso trabalho acadêmico estamos vivenciando uma época de total escassez de novidades. Quando vamos nos desbruçar sobre um texto literário e já detemos algum background mínimo de literatura feita até o século XIX, é inevitável percebermos o clichê, o dialogismo, a intertextualidade, a tentativa de imitação etc. na maioria das vezes mal-feita. Bakhtin e Benjamin são ótimos, excelentes, suas teorias são incríveis e muito úteis... mas... o maldido "mas"... quando eles as escreveram o fizeram em resposta a problemas que os incomodavam, já semelhantes ao que vivemos hoje.
Neste ponto a teoria está mais interessante do que a própria literatura, pois temos Derrida, temos Baudrillard e temos Bauman que há anos estão tentando explicar o que está acontecendo com as artes e com o mundo em geral, e é por meio desses caras que vemos acontecer ao nosso redor, na frente dos nossos olhos, a todo instante, o phármakon, o simulacro e a liquidez das coisas. Isso não é exatamente bom, Cher, pois mexe com as nossas esperanças. Que esperança se pode ter diante de um mundo que se resume a um eterno e esquizofrênico movimento de auto-copiar-se a si mesmo?
ExcluirEm suma, tudo está se dissolvendo, tudo está voltando a um estágio meio primitivo, anterior a Homero, caótico, estranho (o estranho freudiano nunca esteve tão presente e óbvio no mundo quanto agora), incerto, indistinto. Cinzas às cinzas. Ou, como já dizia Joseph Conrad no início do século XX, "o horror, o horror, o horror, o horror".
A pergunta que fica é: onde isso vai nos levar?
Tudo é negro demais ainda para tentarmos qualquer possibilidade de resposta.
Concordo com sua opinião sobre "Kick-Ass", e sou muito grato pelo fato da menininha boca suja e sexualizada ter roubado a cena, senão o filme seria um completo lixo. Olha só a situação, Cher! Um filme inteiro é segurado por uma personagem secundária interpretada por uma criança! E isso por que Nicolas (picolé de chuchu cara de away) Cage está no filme com a única função de dar um "up"...
Como você, também não dou a mínima para o futebol. Aliás, não dou a mínima para nenhum esporte, que considero total perda de tempo caso não seja estritamente por questões de saúde.
Meu metiê principal é e sempre será a Literatura, a mãe de todas as artes.
O cinema, no entanto, é também meu passatempo, mas não só.
Cada vez mais eu começo a vislumbrar uma aproximação muito acirrada entre a literatura e o cinema, mais precisamente entre romance e cinema, que por muito tempo eu não notei, e isso tem me deixado encantado.
O cinema é o romance pós-moderno, logo o cinema precisa começar a ser melhor observado pelo povo da literatura, que sempre torceu o nariz pra ele.
O que acho bacana das listas é poder conhecer melhor quem as faz e notar no que nos parecemos...na minha lista só teria "O sétimo selo" e o "Metrópolis", tá bom, "A vida de Brian" também, rs...
ResponderExcluirAbraço!
Vamos marcar de ver filmes por esses dias?
Abraço!
Olá André! Tudo bom?!
ExcluirDe fato, as listas também servem para isso... rsrsrs
Sua lista seria bem interessante!
E vamos marcas sim!
Entre em contato via e-mail ou telefone e marcamos.
Abração
"POLÊMICA: é a prática de provocar disputas e causar controvérsias em diversos campos discursivos [...]. Muitas obras literárias nasceram num contexto de polêmica, defendendo [...] ou refutando uma determinada tese. É mesmo frequente citar-se a polêmica como algo necessário para o avanço do conhecimento nestes campos" (WIKIPÉDIA. http://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%A9mica.
ExcluirCido, Cido... Eu não crio polêmicas. Eu só falo coisas... As pessoas é que criam sua própria interpretação do que digo e escrevo e transformam esse recorte em um escudo, polemizando algo que, inicialmente, não era polêmico apenas para se esconderem de si mesmas. É o que andam fazendo com seu post pelo que li.
A sua lista foi polemizada porque foge ao trivial exatamente pelo fato de conter filmes que tratam, de alguma maneira, da trivialidade, aquilo que cotidianamente vemos, ouvimos, sentimos, experimentamos e, ainda assim, fingimos passar despercebido. Ou aquilo que pensamos ver, ouvir, sentir, tatear, experimentar naquele derradeiro momento entre o sono e o despertar. Entretanto, esses filmes não tratam da trivialidade de maneira trivial. Vejo que esse ponto é muito interessante porque as respostas para a maioria das colocações dos comentários estão no seu próprio post, mas, de alguma maneira, passam despercebidas pelos comentaristas. Ou, e aqui entramos no perigoso e incerto campo da Teoria da Conspiração, as pessoas sabem disso tudo, mas preferem polemizar só para ver o circo pegar fogo. Ok, eu confesso que faço parte desse grupo... mas só de vez em quando.
Você gosta de causar polêmica sim e pronto e acabou, Vanberto! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!
ExcluirEntão, assuma logo de uma vez esse seu lado negro da Força e pare de fazer charminho! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!
Sim, por que uma pessoa que pega a definição de "polêmica" da Wikipédia está pedindo para darem pedrada nela e, no seu caso, conhecendo-o como eu conheço, você quer que dêem pedradas em você pra você ter um motivo para tacar bombas atômicas em resposta.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!
A-DO-RO esse seu lado manipulador do discurso! (estou falando sério aqui).
Falando sério, agora.
Sim, você está correto no que diz sobre a trivialidade e a meta-trivialidade que perpassam os filmes que listei. Aliás, sua leitura desse ponto é MUITO SAGAZ, mas eu nunca esperei menos de você.
Só um ponto: você diz que as respostas para a maioria das colocações nos comentários estão no meu próprio post mas, de alguma forma, estas respostas passaram despercebidas pelos comentadores. Você diz também que pode haver uma Teoria da Conspiração aqui.
Não descarto a possibilidade de você estar certo, mas para que os comentaristas tivessem a postura que você aponta, Van, primeiro eles teriam que ter assistido a todos os filmes que listei antes de comentarem e, em seus comentários, seria minimamente evidente a busca pela polêmica. Não me parece que seja o caso aqui, mas eu, como qualquer um de nós, pode estar enganado.